1º de Maio é feriado? Entenda a origem do Dia do Trabalhador
Data homenageia grevistas de Chicago e se tornou símbolo global da luta por direitos trabalhistas

O dia 1º de maio, celebrado nesta quinta-feira, é feriado nacional no Brasil e em mais de 150 países. Conhecido como o Dia do Trabalhador ou Dia Mundial do Trabalho, é o único feriado não religioso com alcance global — e, neste ano, deve ser prolongado por muitos brasileiros com a chamada "emenda" para o fim de semana.
A origem da data remonta ao dia 1º de maio de 1886, quando trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, iniciaram uma série de protestos exigindo a redução da jornada de trabalho de até 16 horas diárias para o limite de 8 horas. A repressão policial violenta resultou no episódio conhecido como "Massacre de Chicago", que culminou na morte de diversos manifestantes.
Três anos depois, em 1889, um congresso socialista realizado em Paris escolheu o 1º de Maio como uma data internacional em homenagem aos grevistas norte-americanos. Desde então, a data se consolidou como símbolo das lutas trabalhistas em todo o mundo.
No Brasil, as manifestações pelo 1º de Maio ganharam força no início do século XX, com o avanço da industrialização e o surgimento dos primeiros movimentos operários. A greve geral de 1917 marcou um ponto de virada nas reivindicações por melhores condições de trabalho.
A data foi oficialmente reconhecida como feriado nacional em 1924, durante o governo de Artur Bernardes, por meio de decreto. Sob o Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas (1937–1945), o 1º de Maio passou a ser usado também como instrumento de propaganda política, com anúncios de leis trabalhistas e medidas sociais voltadas à classe trabalhadora.
Hoje, além de representar uma pausa no calendário, o feriado segue como momento de reflexão e mobilização em defesa dos direitos trabalhistas, especialmente em um cenário global de mudanças no mercado de trabalho e na legislação laboral.
COMENTÁRIOS