Nova modalidade de crédito consignado entra em vigor nesta sexta-feira
Programa Crédito do Trabalhador agora pode ser contratado diretamente pelos aplicativos dos bancos

Começa a valer nesta sexta-feira (25/04) a nova modalidade de crédito consignado voltada a trabalhadores com carteira assinada e microempreendedores individuais (MEIs). Batizada de Crédito do Trabalhador, a iniciativa do governo federal busca facilitar o acesso ao crédito com juros mais baixos e menos burocracia. As informações são do Jornal do Comércio.
Antes disponível apenas pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o empréstimo agora pode ser contratado também diretamente nos aplicativos dos bancos parceiros. A medida amplia o alcance do programa, que visa beneficiar empregados formais, trabalhadores domésticos, rurais e assalariados, além de MEIs.
O crédito consignado é uma modalidade já tradicional entre servidores públicos e beneficiários do INSS, caracterizada pelas parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento — o que reduz o risco de inadimplência e permite taxas de juros menores em comparação ao crédito pessoal comum.
No caso do Crédito do Trabalhador, os interessados podem consultar a margem consignável e simular propostas de empréstimo por meio da CTPS Digital. Caso a renda do trabalhador diminua durante a vigência do contrato, o banco poderá renegociar os termos do empréstimo.
Impacto esperado no Rio Grande do Sul
Especialistas apontam que o Rio Grande do Sul, com uma população altamente bancarizada e uma forte base de empregos formais, tende a ser um dos estados com maior adesão à nova linha de crédito.
— Quando o trabalhador da iniciativa privada não precisa de um convênio específico da empresa para acessar o consignado, isso tende a favorecer a expansão do crédito em regiões como o RS — analisa Patrícia Palermo, economista-chefe da Fecomércio-RS.
Ela também destaca que o programa pode aquecer setores específicos da economia, como o varejo
— É um mecanismo que tende a estimular a atividade econômica, especialmente em segmentos com forte vínculo ao consumo financiado. Mas o impacto real dependerá do grau de adesão tanto por parte das empresas quanto dos trabalhadores.
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