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São Jerônimo, RS,16/03/2025

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Ato com Bolsonaro em Copacabana reúne 18,3 mil pessoas, segundo pesquisa da USP

Ex-presidente convocou um ato com o objetivo de pedir anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília

Reprodução
Ato com Bolsonaro em Copacabana reúne 18,3 mil pessoas, segundo pesquisa da USP A manifestação, que pedia a anistia para os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, alcançou esse número de participantes no momento de pico, por volta das 12h
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O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em Copacabana, neste domingo (16/03), teve um público de 18,3 mil pessoas, de acordo com estimativa realizada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). A manifestação, que pedia a anistia para os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, alcançou esse número de participantes no momento de pico, por volta das 12h.

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A estimativa foi elaborada pela equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital, que utilizou fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial para calcular o público presente. As fotos foram tiradas em quatro horários diferentes: 10h, 10h40, 11h30 e 12h, sendo seis imagens capturadas ao meio-dia, quando a manifestação atingiu o maior número de participantes.

O trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira foi interditado durante o protesto. A manifestação ocorreu uma semana antes do Supremo Tribunal Federal julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que pode tornar Bolsonaro réu.

Em comparação, a manifestação de 7 de setembro de 2022, também realizada na Praia de Copacabana, contou com um público estimado de 64,6 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político.

Para calcular a quantidade de participantes, foram tiradas 66 fotos da Praia de Copacabana, cobrindo toda a extensão do evento. O método utilizado foi o Point to Point Network (P2PNet), que identifica cabeças e estima o número de pessoas em uma imagem. O software tem uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação individual. Para imagens aéreas com mais de 500 pessoas, o erro percentual médio na contagem de público é de 12%, podendo ser para mais ou para menos.

Bolsonaro pede anistia para condenados pelos ataques de 8 de janeiro

Na manhã deste domingo (16), Jair Bolsonaro convocou um ato em Copacabana, na Zona Sul do Rio, com o objetivo de pedir anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília. A manifestação contou com a presença de vários aliados políticos do ex-presidente, incluindo os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além dos senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia, coordenador do evento, também estiveram presentes.

Durante o ato, que interditou a Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira, Bolsonaro fez um discurso pedindo a anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro e criticou o governo do presidente Lula. "Jamais imaginei que teria que lutar por anistia para pessoas de bem, que não cometeram maldade e nem tinham a intenção de fazer o que estão sendo acusados", afirmou. Ele questionou os crimes imputados a algumas mulheres condenadas, alegando que elas foram "atraídas para uma armadilha."

O governador Cláudio Castro também se manifestou em apoio à anistia, afirmando que o atual governo usava "pessoas inocentes presas" para unir sua base militante. Tarcísio Freitas, governador de São Paulo, também pediu a liberdade para os condenados, afirmando que "estamos aqui para lutar pela liberdade e exigir a anistia dos inocentes."

O protesto ocorreu uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal julgar uma denúncia que pode tornar Bolsonaro réu, e é visto como uma tentativa de pressionar o Congresso para aprovar um projeto de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. No carro de som, os manifestantes também pediram a saída de Lula e a volta de Bolsonaro ao poder, apesar de o ex-presidente estar inelegível até 2030, devido a condenações em processos na justiça eleitoral.

A maioria dos manifestantes usava camisas amarelas e carregava cartazes pedindo a anistia para os envolvidos nos ataques golpistas.

Condenações e impactos do ataque de 8 de janeiro

Até o momento, 481 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ataques de 8 de janeiro. Destas, 255 tiveram suas ações classificadas como graves, com penas que chegam a 17 anos e 6 meses por crimes como golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O STF também celebrou acordos de não persecução penal com 542 indivíduos, permitindo que aqueles que cometeram crimes de menor gravidade cumpram medidas alternativas em troca de não serem julgados.

Os ataques golpistas de 8 de janeiro causaram prejuízos significativos ao patrimônio público, estimados em R$ 26,2 milhões, além de danos irreparáveis ao patrimônio histórico e cultural, como obras de arte nos edifícios do Senado, Câmara dos Deputados e Palácio do Planalto.

O protesto de Copacabana também refletiu a crescente mobilização política em torno da questão da anistia e da pressão sobre o governo federal e o STF.


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