Energia e gasolina pressionam inflação ao consumidor em fevereiro, aponta FGV
Preços de quatro das oito classes de despesas registraram variações mais altas no varejo, segundo o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)

Os aumentos nos preços da energia elétrica (17,68%) e da gasolina (2,97%) foram os principais responsáveis pela aceleração da inflação no varejo em fevereiro, conforme o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). Além desses itens, outros setores também contribuíram para a pressão inflacionária, como o aumento no preço de condomínio residencial (4,15%), aluguel residencial (2,61%) e café em pó (12,26%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que mede a variação dos preços no varejo, apresentou um aumento de 1,18% em fevereiro, contra 0,02% registrado em janeiro.
A alta nos preços da energia elétrica foi impactada pela suspensão do bônus de Itaipu, que resultou em aumentos nas tarifas de energia, representando cerca de 50% da pressão sobre os preços ao consumidor.
Quatro das oito classes de despesas registraram variações mais altas: Habitação (de -2,43% em janeiro para 3,80% em fevereiro), Transportes (de 0,83% para 1,41%), Despesas Diversas (de 0,26% para 1,07%) e Comunicação (de 0,01% para 0,28%).
Por outro lado, houve uma desaceleração nas taxas de variação de grupos como Educação, Leitura e Recreação (de 0,18% para -2,54%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,66% para 0,38%), Alimentação (de 1,22% para 1,02%) e Vestuário (de 0,22% para 0,14%).
O núcleo do IPC-DI, que exclui itens com grande volatilidade, teve uma alta de 0,48% em fevereiro, mesma variação registrada em janeiro. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, caiu de 74,84% em janeiro para 64,52% em fevereiro.
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