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São Jerônimo, RS, 03/03/2025

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Puxada pelo emprego, renda das famílias cresce no governo Lula e indica redução da desigualdade

Indicador reflete exclusivamente a renda do trabalho, sendo essencial para avaliar a sustentabilidade do crescimento econômico, já que não inclui benefícios sociais, como o Bolsa Família

Pedro Ventura / Agência Brasília
Puxada pelo emprego, renda das famílias cresce no governo Lula e indica redução da desigualdade A renda do trabalho da metade mais pobre da população teve um aumento de 10,7% no ano passado
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Descontando a inflação, a renda per capita teve um aumento de 4,7% em 2024, impulsionada pelos ganhos com o trabalho. Os dados indicam uma redução da desigualdade no país no ano passado.

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A recente divulgação do IBGE, que revelou um aumento de 9,3% na renda domiciliar por pessoa, reforça a expectativa de um crescimento econômico mais inclusivo no Brasil, com diminuição da desigualdade de renda no governo do presidente Lula. Esse resultado é um sinal de melhora em relação à estagnação observada em 2023, mesmo em um ano de forte crescimento da renda.

Esse cenário vinha sendo antecipado com os dados do rendimento médio trimestral dos estados. Em termos de renda domiciliar per capita do trabalho, já descontada a inflação, houve um crescimento de 7,08% no quarto trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. No Nordeste, esse aumento foi ainda mais expressivo, alcançando 13%. Esse crescimento ocorreu em um trimestre marcado por inflação e dólar elevados.

Esse indicador reflete exclusivamente a renda proveniente do trabalho, tanto formal quanto informal, sendo essencial para avaliar a sustentabilidade do crescimento econômico, já que não inclui benefícios sociais, como o Bolsa Família.

Os dados mostram uma redução da desigualdade, que, embora tenha atingido o menor nível da série em 2023, ainda estava estável em relação a 2022. O crescimento da renda em 2024, apesar de não ter sido tão forte quanto no ano anterior, superou o crescimento do PIB e trouxe sinais concretos de diminuição da desigualdade. Em termos reais, o rendimento médio por pessoa, já ajustado pela inflação, subiu 4,7% em 2024.

A renda do trabalho da metade mais pobre da população teve um aumento de 10,7% no ano passado. No grupo intermediário, correspondente à classe C, o crescimento foi de 8,7%, enquanto os 10% mais ricos tiveram uma alta de 6,7% nos seus rendimentos.

Esse aumento da renda do trabalho leva em consideração fatores como o impacto do desemprego e da informalidade. A redução do desemprego contribuiu com aproximadamente 3,9 pontos percentuais do crescimento de 10,7% da metade mais pobre da população, representando mais de um terço do avanço. Além disso, o aumento da jornada de trabalho, a maior taxa de participação no mercado de trabalho e o crescimento da educação e seus benefícios também foram fatores importantes para esse crescimento.

Esses resultados são vistos como positivos, pois indicam que o crescimento inclusivo no país não se deve apenas a programas sociais, mas também ao desempenho do mercado de trabalho. No entanto, a expectativa para 2025 ainda exige cautela, já que o mercado de trabalho pode não mostrar sinais claros de desaceleração, apesar do aumento da taxa básica de juros, que tem um efeito defasado.

Renda das famílias cresce com impulso do emprego

O aumento real de 4,7% na renda per capita em 2024 indica que as famílias estão vendo uma melhoria na sua renda, superando o crescimento da atividade econômica do país, que deve crescer cerca de 3,5% em 2024. Esse aumento da renda é, principalmente, impulsionado pelo crescimento do emprego e não pelos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Esse cenário contrasta com o de 2023, quando o Bolsa Família teve um papel mais relevante no aumento da renda das famílias do que o próprio crescimento do emprego. No ano de 2024, a massa de rendimentos do país cresceu 5,2% em termos reais, sendo que, quando se considera apenas a renda proveniente do trabalho, o crescimento foi ainda maior, alcançando 6,4%.

A explicação para o aumento da renda das famílias está no crescimento do emprego, que tem se mostrado mais relevante do que outras fontes de rendimento, diferentemente do que aconteceu em 2023, quando o Bolsa Família teve um papel muito forte. Em 2024, houve outros aumentos, mas nenhum foi tão significativo quanto o crescimento do trabalho.

Embora a melhoria da renda per capita seja positiva, existe o risco de desaceleração do emprego em 2025, principalmente devido à manutenção das taxas de juros elevadas, que visam controlar a inflação. Para o Brasil recuperar o terreno perdido nas últimas décadas, é necessário um crescimento superior à média global.

Historicamente, o Brasil já teve um PIB per capita superior à média mundial, mas sucessivas crises reverteram esse cenário. Se as previsões do FMI se confirmarem, o desnível entre o PIB per capita brasileiro e a média mundial deve diminuir em 2024.

Para garantir a continuidade do crescimento do PIB per capita sem prejudicar o emprego, a estratégia mais eficaz é aumentar a produtividade, sem reduzir o emprego. Isso pode ser alcançado por meio de um crescimento econômico sustentado.


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