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São Jerônimo, RS, 26/02/2025

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Produção de azeite no RS tem queda drástica, mas setor busca recuperação

O clima foi um fator crucial que impactou a produção, especialmente devido à umidade excessiva que prejudicou a polinização das oliveiras em 2024

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Produção de azeite no RS tem queda drástica, mas setor busca recuperação Com cerca de 6.500 hectares plantados e aproximadamente 340 produtores espalhados por 112 municípios, o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de azeite
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A produção de azeite de oliva no Rio Grande do Sul sofreu uma queda significativa entre 2023 e 2024. Enquanto o Estado alcançou 580 mil litros de azeite na safra de 2023, a produção caiu para 190 mil litros no ano passado. Esse cenário foi abordado durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (25/02), na sede da Secretaria da Agricultura, em Porto Alegre, onde autoridades e especialistas discutiram os desafios enfrentados pela olivicultura e as estratégias para superar as dificuldades.

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Com cerca de 6.500 hectares plantados e aproximadamente 340 produtores espalhados por 112 municípios, o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de azeite e oliveiras. Apesar disso, o clima tem sido um fator crucial que impacta a produção, especialmente devido à umidade excessiva que prejudica a polinização das oliveiras. Durante o ano de 2024, as chuvas constantes entre setembro e outubro afetaram a floração das plantas, comprometendo a produtividade. Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), explicou que o excesso de precipitação encharcou o solo e dificultou a polinização, impactando diretamente o rendimento da safra.

Embora a safra de 2024 tenha sido afetada, Fernandes acredita que a produção de azeite de 2025 pode superar o desempenho do ano anterior, com números que devem ser divulgados em abril. “Estamos enfrentando uma série de desafios climáticos, mas as perspectivas para a próxima safra são mais otimistas, caso as condições climáticas melhorem”, afirmou o presidente do Ibraoliva.

Para enfrentar esses obstáculos, o governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, tem priorizado a pesquisa e o desenvolvimento científico. O secretário Clair Kuhn destacou a importância de continuar investindo em tecnologias e pesquisas para melhorar a produção e a qualidade do azeite. "O governo do Estado apoia fortemente a pesquisa e a inovação, essenciais para balizar as políticas públicas e permitir que os produtores alcancem maior produtividade", afirmou.

Um dos passos fundamentais para o avanço do setor será o aumento da colaboração entre a Secretaria da Agricultura, o Ibraoliva, a Universidade Federal de Pelotas (UFpel) e a Embrapa Clima Temperado, com foco em soluções para a polinização das oliveiras e na escolha das variedades mais adaptadas ao clima gaúcho. Além disso, uma área de 200 hectares em Hulha Negra, na Metade Sul do Estado, foi identificada como um potencial centro de referência para a olivicultura, que poderia servir como base para novos pomares e pesquisa.

O evento da 13ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva, que ocorrerá no próximo dia 7 de março, em Cachoeira do Sul, será uma oportunidade para celebrar a recuperação da produção e destacar a importância do azeite de oliva para a economia do Estado. A cerimônia será realizada na propriedade Puro Azeite, uma das maiores e mais premiadas do Brasil, com 200 hectares plantados com mais de 10 variedades de oliveiras.

Além da colheita, o evento contará com palestras sobre as perspectivas do setor e uma homenagem à força feminina na olivicultura, reconhecendo a contribuição das mulheres na gestão das propriedades e nas diversas áreas do setor. A programação também incluirá workshops sobre as pesquisas em andamento e as tendências para o futuro da produção de azeite no Rio Grande do Sul.

Com a consolidação do Rio Grande do Sul como líder na produção nacional de azeite, o setor busca se adaptar aos desafios impostos pelo clima e melhorar a qualidade de sua produção, com o objetivo de fortalecer ainda mais a posição do Estado no mercado interno e externo.


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