Em Brasília, Leite busca soluções para retomada de operações em Candiota
Governador defendeu transição energética justa para a região, que tem cerca de 80% de sua economia dependente do carvão mineral
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Uma força-tarefa de prefeitos, parlamentares gaúchos e integrantes do governo do Estado esteve em Brasília nesta quarta-feira (12/2) em busca de uma solução para a UTE Candiota III, que está paralisada desde 1º de janeiro deste ano. O governador Eduardo Leite integrou o grupo, que reuniu-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Durante o encontro com o ministro, o governador defendeu a importância de uma transição energética justa para a região de Candiota, que tem cerca de 80% de sua economia dependente do carvão mineral. Entre as alternativas discutidas para a retomada das operações está a possibilidade de edição de uma Medida Provisória pelo governo federal. A usina, que iniciou suas operações em 2009 e teve seu contrato encerrado em dezembro de 2024, ainda possui condições técnicas de operar por pelo menos mais dez anos.
— O que nós pedimos é justamente a oportunidade de fazer esta transição de forma justa, sem deixar as pessoas para trás. O governo do Estado contratou consultorias especializadas e estamos trabalhando com a Way Carbon e o Centro Brasil no Clima para dar suporte a um plano de ação — explicou.
O estudo, com duração prevista de 13 meses, vai orientar as políticas públicas nas regiões dependentes do carvão.
A comitiva gaúcha incluiu o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, e o procurador-geral do Estado, Eduardo Costa. Também participaram das agendas deputados federais e estaduais da bancada gaúcha, em uma demonstração suprapartidária de apoio à causa.
— Não tem questão ideológica ou partidária aqui, mas sim uma preocupação com a transição energética justa — destacou o governador.
O Rio Grande do Sul possui 90% das reservas brasileiras de carvão mineral em seu subsolo, e a região de Candiota é responsável por importante parcela da geração termelétrica do país. Em 2023, o município foi o primeiro colocado nacional em emissões de GEE de termelétricas, sendo responsável por 22,5% do total. O governo federal, por meio do ministério, se comprometeu a avaliar uma alternativa para a situação de Candiota.
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