A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quinta-feira (13/02), uma operação para investigar o desvio de emendas parlamentares que deveriam ser destinadas a um hospital em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. O esquema envolvia o desvio de verbas públicas para fins pessoais. As informações são da Polícia Federal e Zero Hora.

Embora os nomes dos alvos ainda não tenham sido oficialmente divulgados, fontes confirmaram à Zero Hora que um dos investigados é Lino Rogério da Silva Furtado, chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS). Furtado, responsável pela organização e distribuição das emendas parlamentares, é um dos principais alvos da operação. Além de Furtado, o diretor administrativo e financeiro da Metroplan, Cliver André Fiegenbaum, também está sendo investigado, embora sua possível participação no esquema ainda não tenha sido esclarecida.

De acordo com as investigações, o esquema incluía a cobrança de propina sobre o valor das emendas parlamentares repassadas para o hospital. A PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio Grande do Sul, nas cidades de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Estrela, Lajeado e Rosário do Sul. Mais de R$ 350 mil foram apreendidos, além de dois celulares.

Os crimes investigados incluem desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva. A Justiça determinou, ainda, o afastamento de dois investigados de seus cargos públicos e o bloqueio de valores em contas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas.

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.