Seja bem-vindo
São Jerônimo, RS, 12/02/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Butiá: MP pede internação pelo prazo máximo para adolescente que matou policial

Ministério Público também pleiteia que não haja atividades externas para o acudado durante a internação

Arquivo Pessoal
Butiá: MP pede internação pelo prazo máximo para adolescente que matou policial Policial civil Daniel Abreu Mendes foi morto durante operação em Butiá
Publicidade

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apresentou as alegações finais, nesta segunda-feira (10/02), e requereu a imposição de medida socioeducativa de internação pelo prazo máximo previsto em lei e sem a possibilidade de atividades externas para o adolescente de 17 anos de idade que atirou contra policiais civis, no dia 21 de janeiro deste ano, em Butiá, na Região Carbonífera.

Publicidade

Na ocasião, a Polícia Civil realizou uma operação para o combate ao tráfico de drogas e, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em uma residência, o adolescente atirou contra os policiais e atingiu o escrivão Daniel Abreu Mendes, de 40 anos. O policial chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O atirador usava uma pistola não registrada, modificada para disparar rajadas, e atingiu a vítima com ao menos dois disparos.

Na residência, foram localizadas, em poder dele e de uma mulher de 26 anos que era o alvo da operação, duas armas, munição, coletes balísticos e grande quantidade de drogas. O adolescente foi apreendido e a mulher presa em flagrante. O adolescente tinha histórico de duas apreensões em 2024, uma pela morte de um adolescente em 2023 e outra por usar arma e ameaçar integrantes de grupo rival no ano passado.

Agora, o objetivo do MPRS é que o infrator cumpra medida socioeducativa também pelos atos infracionais análogos aos delitos de homicídio qualificado consumado, seis tentativas de homicídio qualificado, posse irregular e posse ilegal de armas de fogo e munições, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Todos fatos relativos ao dia em que houve a operação policial em Butiá. Assim, o MPRS requereu ao Poder Judiciário, nas alegações finais, a procedência da representação e a imposição da medida de internação pelo prazo máximo e sem atividades externas.

O pedido foi realizado pelos promotores de Justiça Marcelo Fischer e Laura de Castro Silva Mendes.

— Quem atira em policiais atenta contra o Estado Democrático de Direito. Casos como esse devem receber uma resposta contundente do Estado. O MPRS entende que deve ser aplicada a medida mais rigorosa da lei pelo tempo máximo — diz Fischer.

Já a promotora Laura ressaltou que a repercussão do caso, envolvendo atos infracionais de extrema gravidade, em sua maioria cometidos contra agentes de segurança em serviço, ainda é sentida na cidade.

— E a atuação do MPRS perpassa a repressão da violência: trata-se de função pedagógica da cidadania evitar que este e outros tantos adolescentes sejam cooptados pela criminalidade organizada — disse.

O prazo máximo de internação por medida socioeducativa é de três anos. Além da internação, existem outras medidas socioeducativas, como prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semiliberdade. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a liberação compulsória do adolescente ocorre aos 21 anos de idade. 

Publicidade



COMENTÁRIOS

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.