Nesta quarta-feira (5/02), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho - o mais alto das escala - de grande perigo para a onda de calor que atinge a maior parte do território do Rio Grande do Sul. O alerta é válido desta quarta-feira até a noite de segunda-feira (10/02), nas áreas em vermelho no mapa. 

O instituto também emitiu um alerta de cor laranja de perigo para a onda de calor na faixa leste do Estado, válido também entre hoje e segunda-feira.

O Inmet ressalta os riscos à saúde com as temperaturas 5°C acima da média por um período superior a cinco dias.

Na tarde de terça-feira (4/02), o RS registrou 43,8°C na cidade de Aceguá, recorde histórico desde o início das medições, há 115 anos, em 1910.

Segundo a Sala de Situação da SEMA/RS, nesta quarta-feira, a onda de calor segue atuando no Estado. À tarde, as temperaturas variam de 30 e 43°C. A umidade relativa do ar atingirá níveis de atenção, ficando abaixo dos 30%. O aquecimento combinado ao fluxo de umidade favorece a ocorrência de pancadas isoladas de chuva com trovoadas no Norte, Nordeste e Noroeste. No final da tarde e noite, o aprofundamento de um sistema de baixa pressão no Uruguai contribui com instabilidades no Sul e Campanha, com chuva moderada a forte, temporais isolados, rajadas de vento (70 km/h) e eventual queda de granizo. Os acumulados de precipitação ficam entre 30 e 70 mm/dia

Atenção aos riscos e cuidados necessários

Esse aumento acentuado das temperaturas traz riscos à saúde, principalmente para grupos mais vulneráveis. É importante estar atento às medidas preventivas e aos sinais do corpo para evitar complicações.

Grupos de risco:

• Idosos: A capacidade do corpo de regular a temperatura diminui com a idade, o que torna os idosos mais suscetíveis a doenças relacionadas ao calor, como desidratação e insolação.
• Crianças: O sistema termorregulador dos pequenos ainda está em desenvolvimento, o que os torna mais vulneráveis ao calor excessivo.
• Pessoas com doenças crônicas: Aqueles que têm problemas cardíacos, respiratórios, diabetes ou hipertensão podem enfrentar complicações mais graves devido ao calor intenso.
• Trabalhadores expostos ao calor: Profissionais que trabalham ao ar livre, como trabalhadores da construção civil e agricultores, também estão em risco elevado.

Principais medidas preventivas:

• Hidratação constante: Beba muita água ao longo do dia. Evite bebidas alcoólicas ou com cafeína, pois podem agravar a desidratação.
• Uso de roupas leves e adequadas: Prefira roupas de tecidos leves, como algodão, que permitem a transpiração. Chapéus, bonés e óculos de sol também ajudam a proteger contra o sol direto.
• Evitar exposição ao sol nos horários mais quentes: Entre 10h e 16h, as temperaturas costumam ser mais altas. Durante esse período, busque permanecer em ambientes frescos e com sombra.
• Alimentos leves: Opte por refeições leves e de fácil digestão, como frutas, legumes e saladas. Evite alimentos pesados ou muito quentes.
• Ambientes frescos e ventilados: Se possível, permaneça em locais com ar-condicionado ou ventiladores. Se não tiver acesso a esses equipamentos, procure locais públicos como shoppings ou centros de saúde para se refrescar.
• Uso de protetor solar: Ao sair ao ar livre, proteja-se com filtro solar de amplo espectro e com fator de proteção adequado à sua pele.
• Atenção aos sinais do corpo: Fique atento a sinais de desidratação, como boca seca, tontura, fadiga, dor de cabeça e sensação de fraqueza. Se houver sintomas mais graves, como náuseas ou vômitos, procure imediatamente atendimento médico.