Presidente Lula vem ao RS para lançar nova licitação de navios da Transpetro
Retomada de encomendas na indústria naval brasileira é promessa de campanha de Lula, que em seus primeiros mandatos fomentou o último ciclo de incentivos ao setor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará em Rio Grande, no próximo dia 24 de fevereiro, para o lançamento da segunda licitação da Transpetro, subsidiária da Petrobras, para a encomenda de navios em estaleiros nacionais. Este evento marca a continuidade do compromisso de Lula com a retomada da indústria naval brasileira, uma das promessas feitas durante sua campanha. Nos primeiros mandatos, Lula incentivou o último ciclo de investimentos no setor, que foi interrompido com a descoberta de corrupção durante a Operação Lava Jato.
No governo atual, a Transpetro já realizou uma licitação para a construção de quatro navios para o transporte de combustíveis, com o consórcio Ecovix/Mac Laren vencendo a disputa. O consórcio apresentou uma proposta de US$ 69,5 milhões por embarcação. As quatro novas embarcações, que têm entre 15 e 18 mil toneladas de porte bruto, serão usadas no transporte de derivados de petróleo, como gasolina e diesel. A primeira delas deve ser entregue em fevereiro de 2027, com a expectativa de gerar cerca de mil empregos diretos na região de Rio Grande, onde será iniciada a construção das embarcações, enquanto o acabamento será feito no estaleiro Mac Laren, em Niterói (RJ).
Além da encomenda já confirmada, o plano da Transpetro inclui novas licitações. A segunda licitação, que será lançada em breve, prevê a contratação de oito navios gaseiros para o transporte de gás de cozinha. Uma terceira licitação está prevista para junho, para a aquisição de quatro navios de médio porte. No total, o plano da Transpetro prevê até 25 novas embarcações, o que aumentaria em 25% a capacidade de transporte de petróleo e combustíveis da Petrobras.
Além dos investimentos da Transpetro, a Petrobras também está investindo na encomenda de embarcações para apoiar a produção de petróleo em alto-mar. Em dezembro de 2024, a estatal assinou contratos de R$ 16,5 bilhões para a construção de 12 barcos em Santa Catarina. A indústria naval brasileira, que já contou com cerca de 80 mil trabalhadores em 2014, sofreu uma grande crise com a suspensão de contratos após a Operação Lava Jato. Em 2022, o número de empregados no setor caiu para pouco mais de 23 mil.
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