O aumento da taxa de juros, o encarecimento do crédito imobiliário e a valorização dos preços dos imóveis devem impactar diretamente o mercado de aluguéis em 2025. A expectativa é que os preços continuem a subir, pressionados pela alta nos custos de financiamento e pelo mercado de trabalho aquecido. Em 2024, o índice FipeZap registrou uma valorização de 13,5% nos aluguéis, quase três vezes superior à inflação do período, que foi de 4,83%.

Em 2025, a previsão de uma taxa de juros de 15% deve dificultar o acesso ao financiamento de imóveis, aumentando o valor da entrada e adiando o sonho da casa própria para muitas famílias. Em contrapartida, a escassez de crédito e a alta nos preços de venda devem impulsionar a demanda por aluguéis, especialmente na classe média, que tem mais dificuldade em obter financiamento, enquanto as faixas de renda mais baixa podem recorrer ao programa Minha Casa, Minha Vida.

Em cidades como São Paulo, os preços de aluguel já registraram aumentos significativos, com variações que chegam a 40% dependendo do bairro. Essa tendência também é observada em outras grandes cidades do Brasil, como Salvador, Porto Alegre e Campinas, onde os aluguéis subiram consideravelmente.

Além disso, a valorização dos imóveis, com aumentos de até 7,73% em 2024, tem levado muitas pessoas a adiar a compra de um imóvel, buscando continuar no aluguel, seja pela dificuldade de acesso ao crédito ou pela insegurança quanto à alta dos preços.

Com a demanda crescente por locação e a oferta de imóveis para aluguel não acompanhando essa expansão, os preços dos aluguéis devem seguir em alta, representando um desafio para o orçamento das famílias brasileiras. Especialistas apontam que, sem políticas públicas para incentivar a construção de imóveis voltados para locação, o problema tende a se agravar, tornando o aluguel uma parte cada vez maior da renda familiar.