Na quinta-feira (30/01), a imagem de Iemanjá foi devolvida ao altar localizado na Praia do Encontro, em São Jerônimo, na Região Carbonífera. A escultura, que havia sido danificada pelas enchentes de maio de 2024, passou por um processo de restauração e agora conta com um manto especial. A restauração foi realizada por Luize Pas, enquanto o manto foi confeccionado pelo casal Alemão e Jurema.

O translado da imagem e sua colocação no altar contou com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar e da Brigada Militar, além da presença do prefeito Júlio César Prates Cunha e de representantes de religiões de matriz africana da cidade.

Iemanjá, ou Nossa Senhora dos Navegantes no catolicismo, retorna ao altar poucos dias antes das celebrações em sua homenagem, que ocorrerão neste domingo (2/02). A partir de agora, ela ficará voltada para a cidade e não terá mais o cercado com grades de ferro.

Em diversas partes do Brasil, o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, divindade católica, é marcado por festas e celebrações especiais. Na mesma data, também se comemora o dia de Iemanjá, uma das principais orixás das religiões de matriz africana, ocasião em que muitas pessoas fazem oferendas para ela no mar.

Nossa Senhora dos Navegantes está profundamente vinculada às tradições portuguesas, sendo considerada a protetora de marinheiros, pescadores e jangadeiros, além de todos aqueles que viajam pelo mar. Já Iemanjá é vista como a mãe de quase todos os orixás dentro do Candomblé e da Umbanda.

- Ela tem uma faceta muito forte, sendo vista como o ventre do mundo, por sua conexão com as águas. Também é associada ao poder de reger o destino de todos que entram ou vivem perto do mar -  explicou Oscar D’Ambrosio, pós-doutor e doutor em educação, arte e história da cultura.