Nesta semana, dois moradores de São Jerônimo, na Região
Carbonífera, foram vítimas de um golpe aplicado por estelionatários utilizando
o aplicativo de mensagens WhatsApp. Um suposto filho ou parente, usando um novo
número de telefone, pede dinheiro para pagar contas, alegando dificuldades para
acessar o banco. O prejuízo não foi pequeno: o total repassado aos criminosos
foi de R$ 30 mil.

De acordo com o delegado de polícia Marco Schalmes, as
vítimas são moradoras da zona urbana da cidade. Uma delas, uma mulher de 65
anos, repassou R$ 22 mil aos criminosos por meio de transferências via Pix. Já
um homem, também de 65 anos, pagou boletos no valor total de R$ 8 mil. Em ambos
os casos, os estelionatários se passaram por filhos das vítimas.

— A Polícia Civil aconselha que, sempre que a pessoa receber
mensagens de números de telefones estranhos se identificando como familiares,
primeiramente faça uma ligação ou chamada de vídeo para o número que já possui
da pessoa e verifique se houve mesmo a troca do número do chip telefônico.
Nunca faça qualquer transferência bancária ou pagamento de boletos sem contatar
o familiar por chamada de vídeo ou ligação — orienta o delegado Schalmes,
informando que os casos já estão em investigação.

Um em cada quatro brasileiros perdeu dinheiro em golpes
digitais no ano passado

Uma pesquisa inédita feita pelo DataSenado, em parceria com o Nexus, ouviu 21
mil pessoas e revelou que 1 em cada 4 brasileiros foi vítima de golpes digitais
no ano passado. Esse é o levantamento mais amplo já feito sobre o assunto,
mostrando que mais da metade das pessoas afetadas ganham até dois salários
mínimos.

Segundo a pesquisa, os golpes digitais mais comuns incluem
clonagem de cartão, fraude na internet e invasão de contas bancárias. Quando
questionados se tiveram perda de valores nos últimos 12 meses devido a golpes
digitais, 24% dos entrevistados no Brasil afirmaram que sim.

O levantamento mostra que 51% das vítimas ganham até dois
salários mínimos, 35% ganham de dois a seis salários e apenas 14% recebem mais
de seis salários mínimos. Esses dados aumentam a preocupação sobre a
vulnerabilidade das classes trabalhadoras em relação a esses crimes.