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São Jerônimo, RS, 30/01/2025

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VÍDEO | Ulbra São Jerônimo participa de estudo global sobre obesidade infantil

Projeto Sunrise vai acompanhar indicadores de saúde de crianças de três e quatro anos nos municípios de Charqueadas, General Câmara e São Jerônimo

Carla Miller Trainini / Ulbra
VÍDEO | Ulbra São Jerônimo participa de estudo global sobre obesidade infantil Reunião entre coordenadoras representates da Ulbra e estudantes
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Carla Miller Trainini

Acadêmicos do curso de Educação Física da Ulbra São Jerônimo participam da coleta de informações de um estudo mundial que pretende mapear fatores que levam ao sobrepeso e obesidade entre crianças em idade pré-escolar. Denominado Sunrise, o projeto é desenvolvido em mais de 70 países e tem como objetivo avaliar o comportamento de movimento na rotina diária de crianças de 3 e 4 anos em relação ao nível de atividade física, sono e tempo de tela.

Anelise Reis Gaya, coordenadora do projeto na Região Sul e Evelyn Ribeiro, coordenadora do na Região Sudoeste e coordenadora geral de dados no Brasil, estiveram na Universidade nesta segunda e terça-feira (27 e 28/01) para conhecer e treinar os acadêmicos que aplicarão os testes em 200 crianças da zona rural e urbana dos municípios de São Jerônimo, Charqueadas e General Câmara no próximo semestre letivo.

Fazem parte da iniciativa os acadêmicos Jonathas Winck de Almeida, Aline da Silva Bittencourt, Isadora Vianna Ruiz e Eduardo da Silva Moraes, que participam de reuniões e treinamentos desde novembro de 2024 e passarão a coletar as informações das crianças a partir de abril deste ano.

— É uma oportunidade incrível de qualificação para os acadêmicos de Educação Física, que poderão auxiliar o projeto com a coleta de informações de fatores que levam ao sobrepeso e obesidade entre crianças em idade pré-escolar. Neste estudo todos saem ganhando; nossas crianças ganham em qualidade de vida e ainda contribuímos do ponto de vista acadêmico, com as informações mapeadas.Ou seja, o projeto Sunrise tem como perspectiva o desenvolvimento de ações que visam identificar possíveis problemas entre crianças na área da saúde e hoje temos a grata satisfação da nossa Região Carbonífera fazer parte deste estudo, com os testes sendo desenvolvidos por nossos futuros professores — salienta o diretor da Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Baptista Moreira.

Entender para atender

No Brasil existem muitos projetos com crianças em idades mais avançadas e o Sunrisetem objetivo de suprir essa necessidade de trabalhar também com crianças mais novas para entender o perfil de indicadores de saúde, os níveis de atividade física, sono e tempo de tela e comportamento sedentário na faixa de 3 a 4 anos. O projeto também tem como intuito ser transformado em políticas públicas nos municípios.

—É preciso entender para que se consiga propor ações, porque já se fala muito em obesidade infantil, o que antes era abordado com mais frequência na vida adulta. Mas será que o motivo é porque a criança brinca pouco? O estudo vai mostrar isso.Nós acreditamos que a atividade física é promotora da saúde e que variáveis como aptidão aeróbia, força, agilidade e velocidade são essenciais para o desenvolvimento saudável das nossas crianças. O estudo tem como perspectiva ser transformado em uma política pública para manter esse programa de forma que todas as crianças que estejam na escola passem por esse acompanhamento tão importante e que pode evitar muitos problemas de saúde no futuro. Quer dizer, que se consiga identificar possíveis anormalidades de desenvolvimento desde cedo e que se consiga corrigí-las para que essas crianças cresçam dentro de parâmetros saudáveis— salienta a coordenadora geral de dados do estudo no Brasil, Evelyn Ribeiro.

Dados prévios

De acordo com Anelise Reis Gaya, uma das coisas percebidas em uma análise prévia de dados coletados em outras regiões no estudo piloto, foi que o comportamento mais preocupante é o sono e que ele pode ser o causador de aumento significativo no perímetro da cintura. Ela afirma que crianças de 3 e 4 anos têm dormido muito menos do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

—Numa análise que nós fizemos, nós percebemos que se aumentar ou substituir outros comportamentos, provavelmente o comportamento sedentário, pelo aumento do sono, alcançaremosuma redução de um dos fatores da obesidade que é o perímetro da cintura, um dado que nos chamou atenção já nesta faixa etária. Isso mostra a importância de nós entendermos o comportamento dessas crianças. Obesidade é uma doença e nós precisamos nos preocupar com isso. A inatividade física é a quarta causa de morte no mundo e a escola precisa nos apoiar para que possamos criar ações de políticas públicas de prevenção, para que também possamos trabalhar com a perspectiva da redução de gastos na área da saúde futuramente —conclui Anelise.

Sunrise – o que é e como funciona

O projeto Sunrise é uma iniciativa global que investiga como os comportamentos de movimento impactam a saúde infantil. Com a participação de mais de 70 países,busca entender a influência da atividade física, do tempo sedentário e do sono no desenvolvimento de crianças entre 3 e 4 anos. É um estudo de vigilância, onde o objetivo principal é avaliar os comportamentos de movimentos na primeira infância, tendo como coordenador geral, o professor Tony Okely, da Universidade de Wollongong, da Austrália.

No desenvolvimento das ações, os pesquisadores vão às escolas e realizam reuniões com os pais ou responsáveis, onde apresentam o projeto e pedem autorização para realizar as avaliações. A partir disso, são feitos questionamentos sobre hábitos e comportamentos das crianças e das famílias e as avaliações com as crianças acontecem no período escolar. As avaliações são compostas por testes motores, de força muscular, peso e estatura, além de testes cognitivos, que são indicadores relacionados à chance de desenvolver problemas de saúde na vida adulta.

Na fase final do estudo, as crianças saem com aparelhos chamados de acelerômetros que medem atividade física, tempo ocioso e qualidade do sono. Esses aparelhos devem ser usados por oito dias e depois são devolvidos aos pesquisadores. Neles são coletadas informações que serão analisadas e que poderão indicar se existe algum problema a ser corrigido ou se a criança está com seu desenvolvimento adequado.

As famílias recebem um relatório detalhado sobre a saúde das crianças referente aos comportamentos de movimentos, níveis de atividade física, tempo sentado, qualidade do sono, variáveis motoras, força muscular, peso, altura e testes cognitivos. As atividades também envolvem palestras abertas nas escolas para pais, professores e diretores.

No Brasil o estudo busca análise de crianças nas zonas rurais e urbanas nas cidades de Salesópolis (região Sudeste), General Câmara, São Jerônimo, Canguçu e Charqueadas (região Sul), João Pessoa (região Nordeste), Manaus (região Norte) e Campo Grande e Corumbá (região Centro-Oeste).

O projeto é administrado pelo Centro de Estudos, Pesquisa e Documentação em Cidades Saudáveis (CEPEDOC), coordenado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde da Universidade de São Paulo (GEPAF-USP) e por professoras de diferentes regiões do país, sendo financiado pelo CanadianInstitutesof Health Research, com o objetivo de comparação das crianças brasileiras com crianças do Canadá, da India e do Malawi.

O resultado desse estudo embasará ações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a promoção da saúde nessa faixa etária.


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