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São Jerônimo, RS, 30/01/2025

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Oceanos aquecem quatro vezes mais rápido e agravam extremos climáticos

Estudo aponta aceleração no aquecimento e aumento dos eventos climáticos extremos, como as enchentes de maio no Rio Grande do Sul

Reprodução
Oceanos aquecem quatro vezes mais rápido e agravam extremos climáticos Estudo publicado na revista Environmental Research Letters revelou que os oceanos estão aquecendo quatro vezes mais rápido do que na década de 1980
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Um estudo publicado na revista Environmental Research Letters revelou que os oceanos estão aquecendo quatro vezes mais rápido do que na década de 1980. Essa tendência explica recordes históricos de temperaturas oceânicas em 2023 e 2024, além do aumento de eventos climáticos extremos, como as enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul. As informações são da MetSul Meteorologia.

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Temperaturas recordes

Dados do programa Copernicus indicam que, em 2024, a temperatura média anual da superfície do mar (SST) alcançou níveis recordes em 27% dos oceanos extra-polares. Regiões como o Atlântico tropical, boa parte do Oceano Índico, áreas do Pacífico Ocidental e partes do Oceano Austral registraram ondas de calor marinhas de intensidade "forte" (categoria II).

Esse aquecimento gerou um evento global de branqueamento de corais, declarado pela NOAA em abril de 2024. A elevação da temperatura dos oceanos está causando impactos severos nos recifes de corais, ecossistemas marinhos, cadeias alimentares e no aumento do nível do mar, além de intensificar tempestades e agravar desequilíbrios ambientais e sociais.

Impactos futuros e urgência de ação

O pesquisador Christopher Merchant, da Universidade de Reading, destaca que as temperaturas dos oceanos podem subir mais nos próximos 20 anos do que nos últimos 40, caso não sejam adotadas medidas significativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo Merchant, o aquecimento dos oceanos reflete o aumento do desequilíbrio energético da Terra, causado pela elevação dos gases de efeito estufa e pela redução de superfícies refletivas, como o gelo polar.

Kim Cobb, diretora do Instituto para Meio Ambiente e Sociedade da Brown University, reforçou que o aquecimento atual não pode ser atribuído apenas ao fenômeno El Niño. O estudo aponta que as mudanças climáticas provocadas pela atividade humana desempenham um papel central no cenário de aquecimento acelerado.

Desde 2023, as temperaturas oceânicas registraram aumento médio de 0,6°C em relação à média de 1981-2010. Esse recorde está diretamente relacionado à intensificação de fenômenos extremos e à redução do gelo polar.

Cenário global e desafios políticos

O estudo alerta que, caso o ritmo atual de aquecimento continue, os cenários mais pessimistas dos modelos climáticos poderão ser superados, tornando ainda mais urgente a redução das emissões globais de carbono.

No entanto, ações políticas recentes, como o incentivo à produção de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, bem como o aumento do uso de carvão na China e na Índia, comprometem os esforços globais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Merchant conclui que os custos de não agir frente às mudanças climáticas serão muito maiores no longo prazo do que os investimentos necessários para reduzir emissões e adotar soluções sustentáveis.


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