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São Jerônimo, RS, 28/01/2025

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Deportações geram primeira crise de Trump com a América Latina

O voo que trouxe 88 brasileiros de volta ao país foi marcado por relatos de violência e maus-tratos, com pessoas sendo algemadas

Casa Branca / Divulgação
Deportações geram primeira crise de Trump com a América Latina A deportação de brasileiros gerou também tensões com o governo brasileiroc
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Donald Trump enfrentou sua primeira grande crise com a América Latina, motivada pelas deportações de imigrantes ilegais. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, cedeu à pressão e autorizou que aviões militares dos EUA pousassem em seu país para repatriar colombianos deportados, após a ameaça de sanções comerciais. Antes da mudança de postura de Petro, a Casa Branca havia anunciado a taxação de 25% sobre todos os produtos colombianos, com aumento para 50% em uma semana. O governo colombiano havia respondido com uma proposta de taxação recíproca para os produtos americanos, e Petro, que já havia sido preso político, fez um post nas redes sociais dizendo: "Resisti à tortura e resisto a você." Porém, mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia anunciou que o impasse havia sido superado, com Trump suspendendo as tarifas, mas mantendo, por exemplo, a restrição à emissão de vistos até o pouso do primeiro voo de deportados. Trump comemorou: "Os eventos de hoje deixaram claro para o mundo que a América voltou a ser respeitada."

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A deportação de brasileiros gerou também tensões com o governo brasileiro. O voo que trouxe 88 brasileiros de volta ao país foi marcado por relatos de violência e maus-tratos, com pessoas sendo algemadas. O Itamaraty emitiu uma nota criticando o tratamento dispensado aos deportados, afirmando que o uso indiscriminado de algemas violava um acordo entre os dois países que exige um tratamento digno e respeitoso. O Ministério das Relações Exteriores exigiu explicações dos EUA sobre as condições em que os repatriados foram tratados. Alguns deportados relataram abusos, como ficarem algemados por 50 horas, sem ar-condicionado e submetidos a agressões físicas. Em uma situação descrita por Jefferson Maia, um agente da imigração teria agredido um deportado em Manaus, provocando ferimentos no braço.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, acompanhou o desembarque dos deportados em Belo Horizonte e se disse preocupada com as denúncias de abusos. Ela revelou que famílias, incluindo crianças com autismo e outras deficiências, sofreram graves situações durante o voo. Caso as deportações se tornem mais frequentes, o governo brasileiro planeja criar um posto de atendimento humanitário no aeroporto.

Em resposta ao crescente número de deportações, a presidente de Honduras, Xiomara Castro, convocou uma reunião extraordinária da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para discutir a questão.

O Brasil tem sido um dos países mais afetados pelas deportações dos EUA. Desde a gestão de Joe Biden, 7.168 brasileiros foram repatriados, representando uma proporção maior do que na administração de Trump, quando os brasileiros correspondiam a 0,7% dos deportados, contra 1,3% na gestão Biden.

Além disso, Tom Homan, ex-agente da patrulha de fronteira dos EUA e "czar da fronteira" de Trump, esteve em Chicago no último domingo para acompanhar operações de fiscalização mais rigorosa, que resultaram na prisão de 956 imigrantes ilegais, número três vezes superior à média diária do ano anterior.


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