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São Jerônimo, RS, 05/02/2025

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Onze líderes de facção são transferidos para isolamento em Charqueadas

Apenados de quatro penitenciárias gaúchas foram isolados após diligências da Operação Pecado Capital

Banco de Imagens
Onze líderes de facção são transferidos para isolamento em Charqueadas O módulo de segurança máxima, situado nas proximidades da Pasc, conta com 76 celas individuais
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Nesta semana, 11 detentos, conhecidos como líderes de facções criminosas, foram transferidos para um módulo de isolamento em Charqueadas, na Região Carbonífera. Quatro deles já cumpriam pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), enquanto os outros sete foram transferidos de diferentes unidades, incluindo a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), a Penitenciária Modulada de Charqueadas (PMEC) e a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan 3). A transferência ocorreu na terça-feira, durante a Operação Pecado Capital, que envolveu o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, a Brigada Militar e a Polícia Penal.

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As transferências fazem parte de um esforço maior do protocolo de Segurança Pública do Rio Grande do Sul para combater homicídios no estado. Segundo as autoridades, todos os detentos transferidos para o módulo de isolamento pertencem a uma facção criminosa originária do bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, e, embora a maioria atue na Região Metropolitana, são todos apontados como responsáveis por atos violentos.

O grupo é suspeito de envolvimento no assassinato de Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson, que foi morto a tiros dentro da Pecan 3 no dia 23 de novembro. Um dos principais suspeitos, Rafael Telles da Silva, o Sapo, foi transferido para uma penitenciária federal no final de novembro. Já Luis Felipe de Jesus Brum, outro investigado pelo crime, foi encaminhado à Pasc logo após o ocorrido e agora está entre os 11 detentos transferidos.

Além de Brum, foram enviados para o módulo de segurança máxima outros três detentos da Pasc: Josenildo Tiago da Silva (conhecido como "Nito"), Rafael da Silva Roman (o "Rafinha") e Cristiano Feijó Madrile (o "Cabelo"). O módulo também recebeu sete apenados de outras unidades: Douglas Machado Pinheiro, Deividi Vilanova dos Santos (o "Zóio"), Denilson Oscar Nunes (o "Amarelo"), Cassiano Pires da Silva, Aleff Batista Cruz de Melo, Wagner da Silva Nunes (o "Lacraia") e Rafael Amaral Mendes.

O módulo de segurança máxima, situado nas proximidades da Pasc, conta com 76 celas individuais, exclusivamente para líderes de facções envolvidas em homicídios, e visa impedir qualquer tipo de comunicação desses detentos com o mundo externo. Para a construção do local, foram investidos R$ 30 milhões.

Confira a lista dos 11 transferidos ao isolamento


  • Josenildo Tiago da Silva, o “Nito”

  • Rafael da Silva Roman, o “Rafinha”

  • Cristiano Feijó Madrile, o “Cabelo”

  • Luís Felipe de Jesus Brum

  • Douglas Machado Pinheiro

  • Deividi Vilanova dos Santos, o “Zóio”

  • Denilson Oscar Nunes, o “Amarelo”

  • Cassiano Pires da Silva

  • Aleff Batista Cruz de Melo

  • Wagner da Silva Nunes, o “Lacraia”

  • Rafael Amaral Mendes

Protocolo contra homicídios

A estratégia contra homicídios no Rio Grande do Sul baseia-se na teoria da dissuasão focada, que busca reduzir os crimes violentos através da repressão seletiva dos indivíduos responsáveis por ordenar assassinatos. O objetivo é influenciar os mandantes a não perpetrarem mortes, combinando a aplicação rigorosa da lei com medidas como o bloqueio financeiro das facções e a transferência de presos.

A técnica foi desenvolvida pelo criminologista norte-americano David Kennedy, professor da Universidade de Nova York, que implementou a teoria nos Estados Unidos, com destaque para Boston, onde houve uma queda significativa nos homicídios nos anos 1990. A Colômbia também obteve sucesso com o método, alcançando, em 2024, o menor índice de violência em 40 anos na cidade de Medellín.











No Rio Grande do Sul, a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Polícia Penal são pioneiras na aplicação da dissuasão focada. Em 2023, a estratégia levou a uma redução de 54,4% nos homicídios em Porto Alegre, alcançando o menor índice de assassinatos registrado desde 2010, quando começou a ser monitorada a série histórica. Esse número colocou a capital gaúcha abaixo do limiar considerado epidêmico pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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