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São Jerônimo, RS, 22/12/2024

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Câmara aprova PEC do corte de gastos com redução no abono, mas afrouxa supersalários

Também foi derrubado artigo que poderia dificultar acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Câmara dos Deputados / Divulgação
Câmara aprova PEC do corte de gastos com redução no abono, mas afrouxa supersalários Votação em dois turnos ocorrue nesta quinta-feira
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A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (19/12), o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que integra o pacote de contenção de gastos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A aprovação ocorreu após articulações políticas intensas, incluindo negociações para garantir votos e a promessa de emendas extras para deputados e senadores que apoiassem a medida. O placar foi de 344 votos a favor e 154 contra no primeiro turno, e 348 a 146 no segundo turno, superando o quórum mínimo necessário de 308 votos.

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Agora, a PEC segue para o Senado Federal, que já agendou uma sessão para analisar as medidas do pacote. Caso o Senado aprove, o texto será promulgado pelo Congresso Nacional, sem a necessidade de sanção presidencial, visto que emendas constitucionais não estão sujeitas a veto.

A aprovação da PEC, no entanto, ocorreu em um cenário de desafios para o governo. Inicialmente, as lideranças governistas temiam não conseguir o número de votos necessários. Em resposta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acionou medidas como a permissão para votação remota para deputados ausentes, além de aplicar um “efeito administrativo” que implicava desconto nos salários de quem não votasse. Além disso, o governo negociou a liberação de emendas extras para os parlamentares que apoiassem a PEC.

Supersalários

Apesar da vitória, a proposta sofreu modificações que enfraqueceram a intenção do governo de combater os supersalários no serviço público. A PEC original previu que a regulamentação das verbas fora do teto salarial, hoje fixado em R$ 44 mil mensais na esfera federal, fosse feita por uma lei complementar. No entanto, o relator Moses Rodrigues (União Brasil-CE) alterou o texto, permitindo que essa regulamentação fosse feita por lei ordinária, o que facilita a flexibilização da medida. Além disso, uma medida transitória foi incluída, permitindo que até a aprovação de uma nova lei, as parcelas indenizatórias não sejam computadas no teto salarial.

Abono Salarial

Outro ponto da PEC é a mudança nas regras do abono salarial, um benefício pago a trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos. Em 2025, ainda terão direito ao abono os trabalhadores que receberam, no ano-base de 2023, o equivalente a dois salários mínimos, ou R$ 2.640. Em 2026, o valor será corrigido pela inflação, com um teto de 1,5 salário mínimo, o que resultará em uma economia projetada de R$ 18,1 bilhões até 2030.

Fundeb e BPC

Além disso, a PEC permite que parte da complementação da União ao Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb) seja utilizada para criar e manter matrículas em tempo integral na educação básica. No entanto, o alcance da medida foi reduzido de 20% para 10% da complementação do Fundeb, afetando as economias projetadas entre 2025 e 2030.

Após a aprovação do texto-base, Lira articulou um acordo para acelerar as votações subsequentes, incluindo a derrubada de um artigo relacionado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que poderia ter dificultado o acesso ao benefício. A medida foi retirada, com a justificativa de que já constava em outro projeto de lei ordinária.

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