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São Jerônimo, RS, 18/12/2024

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Polícia e MP miram corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro em prefeitura do RS

Investigação apura suposto esquema que envolve empresários, políticos, agentes públicos e criminosos ligados a uma facção que negociou apoio político em troca de contratos com o Poder Público

MPRS / Divulgação
Polícia e MP miram corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro em prefeitura do RS As ordens foram expedidas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS)
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Procuradoria da Função Penal Originária (PFPO), em investigação realizada em conjunto com a Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil, cumpriu, nesta quarta-feira (18/12), 41 mandados de busca e apreensão nas instalações do Poder Executivo de Parobé, no Vale do Paranhana. Há mandados de busca na casa do prefeito, Diego Picucha (PDT), e em prédios públicos do município, inclusive na prefeitura.

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As ordens judiciais também ocorreram em residências, escritórios e empresas de investigados, onde foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos, além do sequestro judicial de bens e valores, incluindo 59 veículos e 33 imóveis. As ordens foram expedidas pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).

A "Operação Confraria" foi desencadeada após serem detectadas suspeitas de infiltração de integrantes de facção criminosa em órgãos públicos do município em recompensa a possível apoio político durante período eleitoral. Empresas fictícias ou sem estrutura, pertencentes aos faccionados, teriam sido beneficiadas em contratações com agentes públicos. Apura-se ainda a ocorrência de outras fraudes licitatórias – dispensas indevidas de certames e direcionamento de contratações envolvendo três núcleos de pessoas e suas empresas, todas relacionadas politicamente entre si e com os agentes públicos. Também foi constatado o branqueamento de capitais decorrentes da prática dos crimes.

As investigações são conduzidas pela promotora de Justiça Letícia Elsner Pacheco e pelo delegado de Polícia Filipe Bringhenti, sob a coordenação do procurador de Justiça Fábio Costa Pereira, coordenador da PFPO, e do delegado de Polícia Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do DEIC.

Participaram, ainda, da "Operação Confraria", as promotoras de Justiça Karina Bussmann e Mariana de Azambuja Pires, e o promotor de Justiça Heitor Stolf Junior. Também estiveram presentes a delegada de Polícia Vanessa Pitrez, diretora do DEIC, e os delegados Max Ritter, João Vitor Heredia e Augusto Zenon. As ações contaram com o apoio de cerca de 30 servidores e policiais adidos do Ministério Público, bem como, cerca de 120 policiais civis.


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