Prefeitos pedem audiência com o Governo Federal em busca de R$ 6,5 bi prometidos
Fundo de Reconstrução ainda precisa de aportes não repassados. Prazo para construção de moradias e dragagem de hidrovias também foi pauta de reunião da Granpal
Os municípios da Região Metropolitana vão pressionar o Governo Federal pela solução de pontos ainda sem solução com relação ao repasse de verbas em consequência das enchentes. A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) está aguardando a confirmação de uma reunião com o ministro Rui Costa, da Casa Civil para tratar dos R$ 6,5 bilhões do fundo de reconstrução, valor que ainda não foi depositado. A informação é do presidente da associação e prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, durante o último Almoço Metropolitano de 2024 realizado nesta terça-feira (10/12), no Instituto Caldeira. As informações são do jornalista Felipe Vieira.
Conforme Maranata, o prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Batistella, está aguardando a vinda do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, ao Rio Grande do Sul, provavelmente na próxima semana, para tratar de outra pendência com o Governo Federal: o prazo para a reconstrução das casas atingidas pelas cheias de maio que estão sem previsão.
— A gente precisa ter essa resposta para dar para a população. Além disso, todas as cidades têm um volume muito grande de pessoas que ainda não receberam uma orientação sobre a construção e entrega de suas residências — comenta o presidente da Granpal.
Ainda segundo Maranata, a entidade está preocupada com a questão da dragagem, que ainda depende de trâmites junto à Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente (FEPAM).
— O navio EVA Shanghai, passou 20 dias fundeado no canal de Itapuã, em Viamão e desistiu de descarregar a carga de fertilizantes em Porto Alegre, retornando para Rio Grande para o serviço, mesmo com a dragagem emergencial sendo realizada desde o começo da semana na área. Isso é inacreditável — diz o prefeito de Guaíba.
Ele também chamou a atenção para que este cenário de falta de repasse das verbas prometidas seja solucionado para que os prefeitos consigam fechar as contas do ano.
— A maioria vai fechar as contas, mas esse dinheiro a gente teve que tirar de alguma outra pasta para poder suprir aquela necessidade. Então, vai ser uma reposição para que se possa fazer os investimentos que estavam previstos e alguma outra obra que ficou parada por falta de verba — disse.
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