Ato nacional pela prisão de Bolsonaro ocorre nesta terça-feira
Em Charqueadas, manifestação também cobra o fim da escala de trabalho 6x1
Nesta terça-feira (10/12), movimentos sociais de esquerda e sindicais realizam um ato nacional em todo o Brasil, exigindo o arquivamento do Projeto de Lei de anistia aos golpistas e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investigou sua tentativa de golpe para manter-se no poder após a derrota nas eleições de 2022. A data foi escolhida por coincidir com o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Em Charqueadas, o ato também reivindica o fim da escala de trabalho 6x1. A manifestação começa às 14h com uma caminhada que sairá do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal) e seguirá até a esquina do Clube Tiradentes, onde ocorrerá a concentração.
O evento é organizado por lideranças de frentes como Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central de Movimentos Populares (CMP). Essas frentes foram responsáveis pela campanha "Fora, Bolsonaro" durante o governo do ex-presidente.
— Nosso objetivo é ampliar o isolamento de Bolsonaro na sociedade e colocar o bolsonarismo na defensiva. Mas isso não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona — afirmou à Folha de S.Paulo Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares.
Ele também destacou que os movimentos buscam expandir a mobilização, buscando apoio além da esquerda, com o objetivo de alcançar todos os segmentos que defendem a democracia.
Após a conclusão do inquérito em 21 de novembro, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo o general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa derrotada em 2022. A maioria dos suspeitos é composta por militares — 25 ao todo. O caso foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá analisar o caso e decidir se o encaminha à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que a decisão sobre possíveis denúncias seja tomada.
COMENTÁRIOS