Grupo de Doadores de Sangue de Butiá é homenageado na Assembleia Legislativa
Deputado Neri, o Carteiro prestou homenagem ao grupo criado há 21 anos com o objetivo de salvar vidas
No Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa gaúcha, nesta quarta-feira (4/12), o deputado Neri, o Carteiro (PSDB) prestou homenagem ao Grupo de Doadores Voluntários de Sangue de Butiá (GDVS), que completa 21 anos. Ele enalteceu a iniciativa, que tem o objetivo de salvar vidas.
— Um grupo que tem o objetivo nobre e altruísta de auxiliar as instituições de saúde através da doação de sangue — elogiou. O parlamentar fez um apelo para que mais pessoas se somem ao gesto, pois ultimamente o estado vem enfrentando problemas com a baixa adesão de doadores de sangue.
Neri destacou que o sangue é essencial e não tem substituto, sendo necessário em diversos tratamentos e cirurgias.
— Eu tenho certeza que, durante esses 21 anos, os impactos positivos trazidos pela dedicação desse grupo são imensos. Pessoas tiveram a continuidade de seu tratamento garantido, pessoas puderam evoluir clinicamente, pessoas foram salvas.
O grupo foi fundado em 2003 por Manoel Rosa e Paulo Nunes (in memoriam) e segue em atividade desde então, atendendo hemocentros em todo o estado do Rio Grande do Sul. Atualmente conta com mais de 200 integrantes - “um exército de pessoas, e segue em busca de novos membros”. Com a colaboração de empresas, comércio local e o apoio de voluntários, o grupo consegue entregar em torno de 500 bolsas de sangue por ano para os hospitais do Grupo Hospitalar Conceição, Hospital de Clínicas, Hospital da PUC, Laboratório Marques Pereira, Complexo Hospitalar Santa Casa e outras instituições.
Além disso, o grupo promove várias atividades beneficentes a fim de angariar fundos para custear seu transporte a outros municípios onde atua e adquirir cadeiras de rodas, muletas e andadores, bem como outros equipamentos hospitalares destinados a empréstimo às pessoas que necessitam. Os voluntários também promovem esclarecimentos sobre a doação de sangue e medula óssea, através de seminários, palestras, visita a escolas e participação em programas de televisão e pela internet.
O deputado destacou notícias sobre a alta demanda de sangue e problemas quanto ao abastecimento, o que impacta os atendimentos gerais, cirurgias e situações de emergência em diversas regiões, como na Metropolitana, dos Vales e Sul. Uma matéria anunciou, dia 6 de novembro, que o Hospital de Pronto Socorro de Porto alegre tinha à disposição apenas uma bolsa de sangue O negativo, considerado o doador universal, informou. Nessa ocasião, a Santa Casa limitou as transfusões de plaquetas a casos de pacientes em estado grave.
Cada doação de sangue pode salvar até quatro vidas, esclareceu Neri. Isso porque o sangue doado é separado em diferentes componentes, como hemácias, plaquetas, plasma e outros.
— Para manter a autossuficiência sanguínea, o sistema único de saúde depende de doações não remuneradas de voluntárias de sangue. O desafio é atrair novos doadores e fidelizar os voluntários regulares.
O deputado lembrou que a doação de sangue, além de ajudar a salvar vidas e a manter os estoques nos hemocentros, traz benefícios ao doador, como a diminuição da viscosidade no sangue, a identificação de doenças através dos exames prévios realizados a partir das amostras, além do direito a uma folga por ano aos trabalhadores.
Participaram Lenize Viana Jardim, representante do Grupo de Doadores Voluntários de Sangue de Butiá; Jeferson Salatiel Vieira, prefeito eleito de Butiá; Michael Marques Moraes, vereador eleito de Butiá; Manoel Rosa e outros convidados.
Leonel Radde (PT) falou em aparte e Airton Lima (Podemos) se somou à homenagem em nome da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
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