Estado disponibiliza R$ 107,7 milhões em horas-máquina para municípios em situação de emergência
Edital visa auxiliar na recuperação de estradas e vias rurais prejudicadas pelas enchentes de maio
Para auxiliar a recuperação de estradas e vias rurais nas cidades em situação de emergência devido as enchentes de maio, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) publicou, nesta segunda-feira (2/12), um edital para destinação de R$ 107,7 milhões em horas-máquina, sendo R$ 300 mil por município. O recurso é oriundo do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) e o anúncio dos recursos foi feito pelo governador Eduardo Leite durante a Expointer 2024.
Na Região Carbonífera, podem participar do edital os municípios de Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá e Minas do Leão. As prefeituras têm até 60 dias, a contar de segunda-feira, para manifestar interesse e enviar os documentos necessários previstos no edital, como a apresentação do plano de trabalho e o detalhamento dos serviços a serem executados. O recurso será disponibilizado mediante celebração de convênio com os municípios e o prazo de execução dos trabalhos será de até dez meses.
O plano de trabalho que deve ser apresentado pode conter a contratação de horas-máquinas de equipamentos como trator esteira, escavadeira hidráulica, retroescavadeira, rolo compactador, caminhão, motoniveladora (patrola), pá carregadeira e caminhão prancha, além da aquisição de insumos como pó de brita, saibro e cascalho.
O titular da Seapip, Clair Kuhn, destacou que o Estado já havia disponibilizado R$ 50 milhões em horas-máquinas para atender os municípios em situação de calamidade pública e agora amplia o auxílio para outras cidades impactadas. agradeceu o empenho da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) na construção do projeto.
— Era uma expectativa que os prefeitos tinham, pois com suas capacidades próprias nem todos conseguiram recuperar todas as estradas vicinais. Os recursos ajudam a restabelecer o acesso às áreas rurais e a recuperar vias que são essenciais para o escoamento da produção, assim como para o deslocamento da população rural — ressaltou Kuhn.
A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. A sociedade também está contemplada e participa do plano por meio do Conselho do Plano Rio Grande, que tem 182 representações do Poder Público e da sociedade civil, incluindo pessoas atingidas pelas enchentes. A academia está representada pelo Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, sendo um órgão colegiado com atribuições consultivas e propositivas.
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