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São Jerônimo, RS, 04/12/2024

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Governo reúne Copelmi e CRM para tratar sobre exportação de carvão para a Índia

Leia entrevista com Joel Maraschin, chefe de Gabinete da Secretaria de Agricultura e integrante de recente missão à India

Joel Vargas / GVG
Governo reúne Copelmi e CRM para tratar sobre exportação de carvão para a Índia Maraschin (de cinza) segue como interlocutor e defensor das pautas que envolvem os municípios da Região Carbonífera
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Marcos Essvein

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Fruto da recente missão do governo do Estado à Índia, aconteceu nesta semana uma primeira reunião técnica estruturante com as empresas mineradoras Copelmi e CRM, governo do Estado e Câmara de Comércio Brasil-Índia para analisar a viabilidade e organizar uma proposta para exportação do carvão gaúcho para o mercado de energia indiano.

A possibilidade surgiu no começo do mês, em Mumbai e Nova Delhi, na Índia, quando o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, e o chefe de Gabinete da Secretaria de Agricultura e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Joel Maraschin, apresentaram a empresas do setor de energia indianas as potencialidades das jazidas carboníferas do Rio Grande do Sul.
Segundo Maraschin, os indianos demonstraram alto interesse em carvão mineral, já que boa parte do que consomem é importado da Austrália. Com crescimento de 8% ao ano e uma grande revolução de consumo entre as classes sociais, o país, que tem 1,6 bilhão de habitantes, precisa cada vez mais de energia e, dentro da sua matriz energética, o carvão é uma alternativa segura para eles, afirmou Maraschin durante a missão.

A possível exportação do carvão gaúcho para a Índia ainda está em fase inicial. O primeiro passo foi levar o assunto para o Governo do Estado e promover reuniões bilaterais entre os interessados indianos e fornecedores para as análises de viabilidades técnicas e logísticas.

Além de Joel Maraschin, a reunião desta semana contou com a participação do diretor de Controle da Copelmi, Luís Roberto Lutkemeier; do diretor-geral da Copelmi, Carlos Faria; do diretor técnico da CRM, André Felipe; do CEO da Câmara de Comércio Brasil-Índia, Paulo Azevedo; e da assessora técnica do Gabinete do Vice-Governador, Bruna Borges.

Prestes a completar quatro anos compondo cargos da alta gestão do Governo Estadual, Maraschin segue também como interlocutor e defensor das pautas que envolvem os municípios da Região Carbonífera, levando até mesmo nas missões internacionais possíveis alternativas econômicas que possam ser aplicadas na região, como forma de inaugurar um novo período de desenvolvimento para a mesma. Maraschin concedeu entrevista ao Portal de Notícias. Confira:

Portal de Notícias – O que foi tratado nessa reunião?
Maraschin — É uma fase inicial de reuniões entre as empresas carboníferas do Estado, os integrantes da missão por parte do governo do Estado e representantes da Índia, que demonstraram interesse no nosso carvão. Então, está na fase estrutural inicial de montagem de uma proposta comercial.

Portal de Notícias — O Rio Grande do Sul tem o carvão com a qualidade e quantidade que os indianos precisam? Pode-se voltar a falar no projeto da Mina Guaíba, por exemplo?
Maraschin — Acredito que o projeto Mina Guaíba, em função do Ministério Público Federal e outros imbróglios, não seja relacionado com essa operação de exportação; somente as minas em operação e as já com licença para ampliação. A quantidade não é o problema, e a qualidade é uma das fases do processo de viabilidade técnica que está sendo montado.

Portal de Notícias — E quanto à logística, como custos, infraestrutura e outros fatores?
Maraschin — O nosso carvão tem preço competitivo para exportação. A CRM acabou de realizar uma carga de exportação para o Cazaquistão. Logicamente, pelo tamanho da operação da Índia, seriam necessários alguns investimentos tanto na malha ferroviária quanto no Porto de Rio Grande.

Portal de Notícias — Qual seria o impacto econômico aqui na nossa Região Carbonífera?
Maraschin — A base de operações de beneficiamento de carvão da Copelmi segue sendo em Butiá, então dentro da cadeia produtiva, seja o carvão extraído no Baixo Jacuí ou na região de Candiota, temos empresas da região trabalhando em diversas frentes, e essa possibilidade de mercado garante a permanência de diversos postos de trabalho.

Portal de Notícias — E quanto à descarbonização e transição energética que o governo do Estado vem buscando? A aposta no carvão não seria contraditória?
Maraschin — A descarbonização tem muita ligação com a queima de combustível fóssil para geração de energia e uso na indústria. Nesse sentido, o carvão extraído para exportação não seria usado para queima no Estado; seria exportado in natura, ou seja, a atividade de mineração seguiria acontecendo naturalmente no Estado com ou sem essa possibilidade de exportação. Já a transição energética acredito estar muito bem conectada com essa possibilidade de nova operação, pois ela versa sobre os impactos sociais a duas regiões que são altamente dependentes social e economicamente ainda da exploração de carvão. Sendo assim, esse novo mercado justamente viria a contribuir para que o Estado tenha mais tempo hábil para estruturar a transição, montando alternativas, e até atração de investimentos para novas cadeias produtivas na região, de modo que não haja um colapso social se a transição não for realizada em fases muito bem organizadas.

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