Região Carbonífera cria 185 postos de trabalho formais em outubro
Dados são do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira
A Região Carbonífera abriu 185 vagas formais de trabalho em outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (27/11) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado do mês é fruto de 1.302 contratações e 1.117 demissões. Em setembro, o saldo positivo havia sido de 180 postos formais criados.
Em outubro, Arroio dos Ratos e Barão do Triunfo tiveram saldo negativo (demitiram mais do que contrataram). Entre os saldos positivos, os melhores foram de Triunfo, com 92 contratações, e Charqueadas, com 45 admissões. No acumulado do ano, todos os municípios apresentaram saldo positivo, com destaque para Triunfo e São Jerônimo, seguidos de Butiá e Charqueadas.
Confira no quadro abaixo a situação do emprego em cada um dos municípios da Região Carbonífera:
Rio Grande do Sul cria 14.115 postos de trabalho
O Rio Grande do Sul criou 14.115 vagas de trabalho com carteira assinada em outubro, resultantes de 141.716 admissões e 127.601 desligamentos. Os números indicam um crescimento de 0,5% em relação ao mês anterior, quando o Estado criou 10,2 mil vagas.
O secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, destacou a importância das políticas públicas estaduais com foco na empregabilidade e na qualificação para o crescimento desses índices.
— Por meio do RS Qualificação e com um investimento de mais de R$ 14 milhões, cerca de 200 municípios estão oferecendo cursos de capacitação no Rio Grande do Sul. Semanalmente, temos novas pessoas mais capacitadas para o mercado de trabalho, contribuindo para o aumento das admissões — afirmou.
Sossella também mencionou o auxílio financeiro e as consultorias do programa MEI RS Calamidades, que faz parte do Plano Rio Grande, como fatores que influenciam a retomada econômica.
— Cada microempreendedor individual pode contratar um funcionário. Ou seja, são mais de 22 mil possíveis novos postos de trabalho no Estado — destacou.
O setor de serviços liderou o ranking de vagas com carteira assinada criadas no mês, com saldo de 5.280 empregos. O comércio ficou em segundo lugar, com 4.741 postos, seguido da agropecuária, com 1.766, e da construção, com 1.312. A indústria, que havia registrado saldo negativo na geração de emprego, voltou a ter índice positivo, com a criação de 1.017 vagas formais.
Os cinco municípios do Rio Grande do Sul que mais criaram vagas em outubro foram: Porto Alegre (2.324), Caxias do Sul (1.132), Canoas (725), Santa Cruz do Sul (666) e Pelotas (637).
Acumulado do ano
De janeiro a outubro de 2024, foram contabilizados 79.925 postos com carteira assinada e saldo positivo nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. No acumulado do ano, foram 1.314.692 contratações e 1.234.767 demissões. O setor de serviços foi o responsável pelo maior crescimento no período, com saldo de 39.793 vagas.
Brasil registra criação de 132,7 mil postos de trabalho
A criação de emprego formal caiu em outubro. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 132.714 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Em relação aos meses de outubro, o volume é o menor desde 2020, quando se iniciou a metodologia atual do Caged. A geração de empregos caiu 30,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em outubro de 2023, haviam sido criados 190.366 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores.
Em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os juros altos contribuíram para a desaceleração na abertura de vagas.
— Espero que a transição do Banco Central venha a ajudar isso no tempo. Creio que o Banco Central não foi colaborativo nesse período ao analisar completamente os indicadores macroeconômicos e ajudar nas decisões para a gente não perder o ritmo de crescimento. Houve uma desaceleração [na criação de empregos] — disse o ministro.
Saldo acumulado
Nos dez primeiros meses do ano, foram abertas 2.117.473 vagas. Esse resultado é 18,6% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
O resultado acumulado é o maior desde 2022, quando haviam sido criados 2.341.665 postos de trabalho de janeiro a outubro. A mudança na metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, três dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em outubro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 71.217 postos, seguidos pelo comércio, com 44.297 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com a criação de 23.729 postos de trabalho.
O nível de emprego diminuiu na construção civil, com o fechamento de 767 postos. Com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária eliminou 5.757 vagas no mês passado.
Destaques
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 41.646 postos formais. A categoria de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais abriu 10.698 vagas.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 23.800 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou o segmento de eletricidade e gás, que abriu 124 vagas.
As estatísticas do Caged apresentadas a partir de 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Regiões
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em outubro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 65.458 postos a mais, seguido pelo Sul, com 34.372 postos. Em seguida, vem o Nordeste, com 18.345 postos. O Norte abriu 7.349 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 4.457 vagas formais no mês passado, tendo o menor desempenho por causa do fim da safra.
Na divisão por unidades da Federação, 24 das 27 registraram saldo positivo. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (+47.255 postos); Rio Grande do Sul (+14.115), em recuperação após as fortes enchentes que atingiram o estado; e Rio de Janeiro (+10.731). Os três estados que fecharam vagas foram Bahia (-579 postos), Mato Grosso (-172) e Goiás (-45).
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