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São Jerônimo, RS, 27/11/2024

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Confiança do industrial gaúcho cresce mais de dois pontos, diz Fiergs

É o terceiro aumento nos últimos quatro meses, o que levou o índice ao maior nível desde outubro de 2022

João Paulo Lacerda / CNI
Confiança do industrial gaúcho cresce mais de dois pontos, diz Fiergs Há melhora da demanda principalmente nos segmentos ligados à reconstrução
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), pesquisa divulgada nesta terça-feira (27/11) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), cresceu mais de dois pontos na passagem de outubro para novembro:  de 51,1 para 53,4. É o terceiro aumento nos últimos quatro meses (7,2 pontos), amparado principalmente pela percepção dos pesquisados com a própria empresa, o que levou o índice ao maior nível desde outubro de 2022. Por outro lado, as avaliações com relação à economia brasileira permanecem negativas.

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— Se por um lado, as incertezas decorrentes da questão fiscal, o aumento dos juros e da inflação influenciaram negativamente as avaliações da economia brasileira, por outro, a melhora relativa da demanda, principalmente nos segmentos ligados à reconstrução, os baixos níveis de estoques e a dissipação do choque provocado pelas enchentes impactam positivamente na percepção sobre as próprias empresas. Os resultados sugerem a manutenção do ritmo lento da recuperação da atividade industrial gaúcha em curso — afirma o presidente da Fiergs, Claudio Bier.

O ICEI-RS é obtido a partir de um conjunto de índices: condições atuais sobre a economia brasileira e sobre a empresa, considerando os últimos seis meses, e expectativas para os seis meses seguintes, também em relação à economia brasileira e à empresa. Resultados acima de 50 demonstram que a percepção positiva supera, em quantidade, a visão negativa. O Índice de Condições Atuais aumentou de 48 pontos, em outubro, para 50,9, em novembro. Após crescer 10,3 pontos nos últimos cinco meses, revela que a indústria voltou a perceber melhora nas condições dos negócios, o que não ocorria desde novembro de 2022 (50,6).

Porém, os empresários avaliam positivamente somente as condições das empresas, subcomponente que subiu, entre outubro e novembro, de 50,1 para 54,5 pontos, o maior crescimento, 4,4, desde setembro de 2020 e o mais alto patamar desde outubro de 2022 (56,5 pontos) depois de avançar 12,7 nos últimos cinco meses. Com relação ao cenário econômico doméstico, no entanto, os empresários continuam apontando deterioração em novembro. O Índice de Condições da Economia Brasileira registrou 43,8 pontos no mês (foi de 43,6 em outubro), a maior pontuação desde dezembro de 2022 (47,3), embora ainda inferior a 50.

Em novembro, 33,1% dos empresários relatam piora na situação da economia nacional, 12,3% veem melhora nos últimos seis meses e 54,6% não percebem mudanças. Para os próximos seis meses, o Índice de Expectativas aumentou dois pontos frente a outubro, para 54,7. A indústria gaúcha não exibia otimismo tão disseminado desde outubro de 2022, quando chegou a 60,2 pontos.

O aumento do otimismo no mês deve-se, exclusivamente, ao Índice de Expectativas das Empresas, que subiu de 55,8 para 58,9 pontos, também o maior patamar desde outubro de 2022. Já o Índice de Expectativas da Economia Brasileira oscilou de 46,5 para 46,3, refletindo a maior proporção de empresários pessimistas (26,6%) em relação a de otimistas (14,9%). Mas a maioria, 58,4%, espera a manutenção do cenário econômico no curto prazo.

A pesquisa consultou 154 empresas, sendo 35 pequenas, 54 médias e 65 grandes entre 1º e 12 de novembro.


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