Scania realiza sua primeira venda de caminhão elétrico no Rio Grande do Sul
Caminhão elétrico 30 G tem autonomia de 250 km e capacidade de tração de 66 toneladas
A Fenatran 2024 marcou um momento histórico para a Scania, com a venda do seu primeiro caminhão elétrico para a transportadora Reiter Log, de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. A empresa, que já lidera a transformação sustentável no setor, adquiriu o modelo 30 G, um cavalo mecânico elétrico, como parte de sua estratégia de descarbonização da frota.
Vanessa Pilz, diretora de ESG da Reiter Log, ressaltou que a empresa iniciou o processo de descarbonização em 2014, e desde 2021 intensificou os investimentos em soluções sustentáveis.
— Hoje, somos a maior frota sustentável do Brasil. Porém, não acreditamos em uma única solução. Além dos caminhões 100% a gás, que buscamos abastecer com biometano, estamos sempre atentos às inovações do mercado para oferecer o melhor arranjo operacional aos nossos clientes que compartilham o mesmo objetivo — explicou Pilz.
De acordo com Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil, a Reiter Log é o maior cliente de produtos sustentáveis da marca no país, com mais de 200 caminhões a gás.
— Agora, a Reiter Log entra para a nossa história como a primeira empresa a adquirir um caminhão elétrico da Scania — comemorou Nucci.
Além do caminhão elétrico 30 G, a transportadora também encomendou 100 novos veículos, sendo 40 caminhões G 460 a gás e 60 unidades com motorização a diesel.
O Caminhão Elétrico 30 G
O modelo 30 G, fabricado na Suécia, é um caminhão elétrico cavalo mecânico 4x2 com 300 kW de potência (equivalente a 410 cv) e capacidade máxima de tração de 66 toneladas. Com uma autonomia de aproximadamente 250 km, o caminhão é equipado com dois pacotes de baterias, totalizando 416 kWh, e apresenta uma potente regeneração de energia de 330 kW e torque de 1.150 Nm. Além de ser zero emissão de CO2, o modelo tem custo operacional reduzido, tornando-se uma opção viável para operações sustentáveis no transporte de cargas.
Com a introdução do 30 G, a Scania passa a oferecer um portfólio ainda mais diversificado de soluções sustentáveis, incluindo modelos a gás natural (GNC), gás liquefeito (GNL), biometano e biodiesel B100.
Compromisso com a Sustentabilidade
Simone Montagna, presidente e CEO da Scania Operações Comerciais Brasil, destacou o compromisso global da empresa em liderar a transição para um sistema de transporte mais sustentável, estabelecido em 2016.
— O transportador brasileiro terá à disposição o portfólio mais amplo de soluções sustentáveis do mercado, ajudando a atender as crescentes exigências dos embarcadores em relação à descarbonização das suas operações de transporte — afirmou.
Alex Nucci também destacou o impacto do modelo elétrico nas operações logísticas. “O caminhão elétrico é ideal para distâncias urbanas e regionais, com até 250 km de alcance, atendendo ao transporte de produtos mais perecíveis e à última etapa da entrega das cargas. Para rotas intermediárias de 200 a 600 km, o gás natural e o biometano são opções mais adequadas. Já nas distâncias longas, acima de 600 km, o diesel, GNL e biodiesel continuam a ser as melhores alternativas.”
Futuro do Mercado e Inovações
Marcelo Gallao, diretor de desenvolvimento de negócios da Scania, comentou sobre a importância de amadurecer a oferta de caminhões elétricos no mercado brasileiro.
— Vamos seguir um ciclo normal da indústria, com demonstrações, avaliações de demanda e desenvolvimento da infraestrutura necessária. A transição para a eletrificação no transporte não depende apenas da Scania, mas de toda a cadeia produtiva e do apoio do poder público —explicou Gallao.
Além do modelo elétrico, a Scania apresentou novos lançamentos na Fenatran 2024, como o modelo P 280 6x4 XT, desenvolvido para a construção civil, o caminhão Performance G-Line 370 de 370 cv, e novos modelos de semipesados de sete litros, com potências de 250 cv e 280 cv. No segmento de motores industriais, marítimos e para geração de energia, a novidade é o modelo DC13 507A, previsto para chegar ao mercado em 2026, com aplicações para usinas termoelétricas, indústrias e outros setores.
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