Universina da Conceição, de 79 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (22/11), após ser resgatada no dia anterior (21/11) de uma vala na Rua do Comércio, em Butiá, na Região Carbonífera. A idosa, conhecida como Loiva, estava desaparecida desde a manhã de quarta-feira (20/11). Moradora da Vila Julieta, próximo à Prefeitura, Universina era bastante querida na comunidade, e seu desaparecimento gerou grande comoção entre familiares e vizinhos.

Portadora de Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que afeta a memória, o raciocínio e o comportamento, Universina estava em um estágio avançado da condição, o que dificultava sua locomoção e autonomia. O Alzheimer aumenta o risco de episódios como o de seu desaparecimento, pois a perda de memória pode fazer com que pessoas com a doença se percam facilmente, além de prejudicar sua capacidade de reconhecer os perigos ao redor.

O resgate de Universina foi realizado pelos Bombeiros Voluntários, com o apoio do SAMU, após um chamado da Brigada Militar. Ela foi encontrada caída em uma vala no final da Rua do Comércio, próxima a canos de esgoto. Felizmente, a idosa não estava com a cabeça submersa, o que poderia ter agravado ainda mais seu quadro.

Após ser resgatada, Universina foi encaminhada ao Hospital de Butiá, onde passou por atendimento médico inicial. Embora não apresentasse lesões graves, ela foi mantida em observação. No entanto, seu estado de saúde piorou durante a noite e, devido à gravidade de seu quadro, foi transferida para o Hospital São Jerônimo. Infelizmente, ela faleceu no final da manhã desta sexta-feira, deixando a comunidade em luto.

O caso levantou preocupações sobre os cuidados necessários para pessoas com Alzheimer, que se tornam mais vulneráveis a acidentes e complicações devido à falta de memória e desorientação. A doença, que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, exige uma atenção especial e vigilância constante, especialmente em situações de risco, como o abandono ou fuga de casa.

A comunidade de Butiá se uniu na busca pela idosa, demonstrando grande solidariedade. Agora, o falecimento de Universina serve como um alerta para a importância de se criar condições mais seguras e de apoio para aqueles que convivem com Alzheimer, além de intensificar a conscientização sobre a doença e suas implicações.