Preso em Butiá o suspeito de ter efetuado disparo que matou jovem vítima de bala perdida
Estudante de enfermagem, 25 anos, morreu após ser atingida dentro de um veículo, onde estava com amigos
Foi preso em Butiá, na Região Carbonífera, o homem suspeito de ser o autor do disparo que matou a jovem Camilla Lopes Fruck, de 25 anos. A estudante de enfermagem foi atingida por uma bala perdida na madrugada do último sábado, no bairro Restinga, zona sul de Porto Alegre, enquanto estava dentro de um carro com amigos. As informações são da Zero Hora.
O suspeito, de 19 anos, foi detido após uma investigação da 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Brigada Militar. Ele foi preso temporariamente e tem passagens anteriores por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e lesão corporal. Segundo a polícia, ele pertence a uma facção criminosa que atua na região da 1ª Unidade, no bairro Restinga. O crime teria ocorrido durante um tiroteio entre facções rivais, sendo que Camilla, sem envolvimento no confronto, foi atingida na cabeça.
Desde o ocorrido na madrugada de sábado, a polícia trabalhava para identificar os envolvidos no tiroteio. Após o crime, o autor do disparo fugiu para Butiá, onde se escondeu na casa de parentes. A partir da identificação do suspeito, as autoridades começaram a monitorar seus movimentos até sua prisão, que aconteceu na terça-feira.
— A colaboração das forças de segurança foi essencial para uma resposta rápida e eficaz à sociedade — afirmou o delegado André Luiz Freitas, titular da 4ª DHPP.
Ainda na terça-feira, a Polícia Civil iniciou uma operação de combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro contra outra facção criminosa envolvida no tiroteio. O grupo tem origem no Vale do Sinos, mas atua em várias regiões do estado, incluindo a zona sul da Capital. A Operação Riciclaggio faz parte das ações em andamento desde a morte de Camilla, com reforço no policiamento pela Brigada Militar, Batalhão de Choque e Forças Táticas.
— O protocolo foi acionado, e a prisão do responsável pelo disparo é apenas o primeiro passo. Agora, as lideranças da facção serão responsabilizadas. Casos de bala perdida em Porto Alegre têm sido raros, mas quando acontecem, são prioridade absoluta — destacou o diretor do DHPP, delegado Mario Souza.
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