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São Jerônimo, RS, 21/11/2024

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Empresas e Entidades apresentam projetos a gestores municipais

Multilab, Hospital de São Jerônimo, IFSul Charqueadas e Ulbra apresentam a prefeitos e vereadores seus investimentos, projeções de crescimento e geração de emprego e renda para a região

Marcos Essvein / Portal de Notícias
Empresas e Entidades apresentam projetos a gestores municipais Encontro de gestores ocorreu na Ulbra São Jerônimo
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Na noite de segunda-feira (18/11), a Ulbra São Jerônimo sediou o 1º Encontro de Gestores da Região Carbonífera, promovido pela Universidade e pelo Consórcio Intermunicipal de Gestão Ampliada (CIGA). Foram recebidos atuais e futuros gestores dos municípios da região para conhecer os projetos desenvolvidos na Multilab, Hospital Regional de São Jerônimo, IFSul Charqueadas, Ulbra e CIGA.

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Foram palestrantes o diretor industrial da Multilab, Anderson Barreto; a superintendente médica e assistencial do Hospital Regional de São Jerônimo, Alexandra Daniel; o diretor do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) de Charqueadas, Jeferson Fernando de Souza Wolff; pela Ulbra, falaram o reitor Adriano Chiarani da Silva e o diretor do campus, Rodrigo Baptista Moreira; e pelo Consórcio Intermunicipal de Gestão Ampliada (CIGA), palestraram os prefeitos Helton Holz Barreto e Silvia Lasek.

Os novos e atuais prefeitos, vereadores e palestrantes foram recepcionados pelo diretor da Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Moreira, e apresentados pelo prefeito eleito de São Jerônimo e aniversariante do dia, Júlio César Prates Cunha (Julião), que destacaram a importância do encontro para que os gestores se unam e escutem as necessidades das empresas e entidades para o desenvolvimento da Região Carbonífera.

Multilab triplica produção de medicamentos


O diretor industrial da Multilab, Anderson Barreto, falou sobre o mercado de medicamentos no Brasil, composto por 223 empresas que faturam anualmente cerca de R$ 142 bilhões. A Multilab pertence ao Grupo NC, líder de mercado e responsável por 8,9% de todas as vendas de remédios no país. Além do Brasil — onde está no Rio Grande do Sul, Amazonas, São Paulo e Distrito Federal — o Grupo NC possui fábricas no México e na Sérvia, produzindo 120 milhões de unidades por mês, comercializadas com as marcas EMS, Germed, Multilab e outras.

Em São Jerônimo, onde está desde 1988, a Multilab desenvolve um projeto de expansão com investimento de R$ 50 milhões com recursos do Fundopem. A empresa está investindo na ampliação da fábrica de antibióticos, que terá capacidade de 30 milhões de unidades por ano, em um novo e moderno controle de qualidade físico-químico e microbiológico e na compra de equipamentos de última geração. A empresa será a pioneira no Rio Grande do Sul na produção de antibióticos com clavulanato.

Com a ampliação, a Multilab vai triplicar sua produção, passando de 36 para 111 itens em 2025, o que representa um crescimento de 296%. Além disso, até 2026, a empresa passará a empregar 600 trabalhadores em São Jerônimo, um crescimento de 119% desde 2022, quando empregava 259 pessoas.

Barreto lembrou que a nova política industrial do governo federal tem R$ 300 bilhões para financiamentos até 2026. Na área da saúde, a meta é ampliar a participação da produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos.

— Isso é um grande recado para nós [da Região Carbonífera], que temos uma fábrica, uma universidade com curso de medicina, um hospital do tamanho que tem o nosso, e mostra que a gente precisa criar esse polo de saúde. E precisamos muito do poder público para formação de mão de obra qualificada — disse, destacando que além do nível superior, são necessários muitos trabalhadores de nível técnico.

Barreto também reforçou a necessidade de investimentos em áreas industriais para atrair empresas, de políticas públicas de incentivo à indústria e definição de uma identidade produtiva, nesse caso, um polo de saúde.

Ulbra anuncia dez novos cursos em saúde e outras áreas


Pela Ulbra, falaram o reitor Adriano Chiarani da Silva e o diretor do campus, Rodrigo Baptista Moreira, que palestraram sobre novos cursos e perspectivas da Medicina na região.

Moreira destacou que foi bem recebido por todos os municípios e que não recebeu nenhum “não” quando buscou parceria para a implantação do curso de Medicina. Falou sobre as várias oportunidades apresentadas aos gestores e destacou que as soluções estão nos jovens da região. Também mencionou que a Universidade possui hoje 39 convênios com empresas e instituições públicas e privadas regionais, e o objetivo é estender as parcerias a todos os municípios.

— Precisamos acreditar em educação. É a única forma de movimentar um povo. Não existe outra forma de fazer com que as coisas tenham significado — afirmou, destacando que a Ulbra estará sempre de portas abertas para projetos que visem o desenvolvimento dessa região.

Moreira apresentou os investimentos em inovação, tecnologia e melhorias estruturais e de acessibilidade realizados para a implantação do curso de Medicina, com reflexos positivos nos demais cursos presenciais, híbridos e educação a distância (EAD).

Segundo Moreira, a Região Carbonífera possui pouco mais de 5 mil estudantes de graduação, ou 3,4% da população, o que considera um índice muito baixo. No entanto, disse que é preciso elaborar um mapa do trabalho para identificar, em conjunto com os municípios, onde os jovens irão trabalhar na região e oferecer a qualificação adequada para que eles não tenham que migrar para outras regiões. Nesse contexto, destacou as potencialidades de cada município.

Moreira também falou das tratativas entre a Ulbra, Multilab, Hospital e poder público para a criação de um polo de saúde, da necessidade de desenvolver um ecossistema nessa área, para movimentar a economia e trazer desenvolvimento e oportunidades.

— Precisamos muito de vocês [gestores]. Precisamos que a comunidade acredite nesses projetos porque é uma oportunidade que nós temos — afirmou, citando o exemplo da ampliação da Multilab e do Hospital e as competências que os trabalhadores precisarão para ocupar as vagas de trabalho.

O diretor apresentou os cursos já existentes de Administração, Direito, Educação Física, Fisioterapia, Medicina, Psicologia, híbridos e mais de 30 cursos EAD, e o desejo de empregar professores qualificados da região. Também anunciou para o primeiro semestre de 2025 o lançamento de oito novos cursos: Enfermagem, Biomedicina, Fonoaudiologia, Nutrição, Terapia Ocupacional, Engenharia Elétrica e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, além de dois cursos de pós-graduação: Saúde no Envelhecimento e Saúde Estética.

Moreira destacou a falta de transporte para os estudantes e a necessidade de firmar parcerias entre os municípios e instituições de ensino para criar rotas estudantis para o deslocamento dos alunos e reduzir custos. Falou também da necessidade de dar andamento a projetos como a ponte Triunfo-São Jerônimo e a estrada Arroio dos Ratos-São Jerônimo.

O reitor Adriano Chiarani da Silva destacou os investimentos no curso de Medicina e outros e reforçou que é importante o trabalho em rede entre empresas, prefeitos, vereadores, e a necessidade de acreditar nos projetos e na região.

— Viram quantas potencialidades temos aqui [na região]? Isso precisa ser divulgado para que essa região torne-se forte e pujante como esse Rio Grande do Sul resiliente, que após o período de enchente precisa mostrar sua força. Vamos juntos, vamos construir uma região cada vez melhor — conclamou o reitor.

Hospital Regional de São Jerônimo implanta hemodiálise e busca alta complexidade


Os projetos, investimentos e indicadores do Hospital Regional de São Jerônimo (HRSJ) foram apresentados pela superintendente médica assistencial, Alexandra Daniel, que estava acompanhada do superintendente administrativo, João Batista Pozza, e do superintendente geral, Everton Meyer Morais. A instituição iniciou as atividades há 72 anos, em 1952, como Hospital de Caridade, foi adquirida pela Associação dos Funcionários Públicos do RS (AFPERGS) em 2019 e, em 2021, passou a se chamar Hospital Regional de São Jerônimo.

O HRSJ conta com serviço de urgência e emergência 24 horas com três médicos clínicos, um pediatra, um gineco-obstetra, um cirurgião geral e um anestesista. O HRSJ é referência para cerca de 177 mil habitantes de 11 municípios da Carbonífera e Costa Doce em pediatria, clínica médica e cirurgia geral. Além disso, possui um centro clínico com 13 especialidades médicas e que realiza cerca de 2 mil consultas por mês. Hoje, o HRSJ tem 250 leitos – sendo dez de UTI porte II —, realiza cerca de 5 mil atendimentos por mês no serviço de urgência e emergência e conta com 519 trabalhadores. São realizadas 400 cirurgias e 700 internações por mês.

A área nova do HRSJ tem 7 mil m² de área construída, distribuídos em cinco andares, onde já foram implantados 150 novos leitos SUS. O serviço de medicina hospitalar representa o maior número de atendimentos clínicos e adota práticas de excelência no cuidado às pessoas. A instituição disponibiliza atendimento 24 horas em emergência, pediatria, obstetrícia, exames de imagem, laboratório de análises clínicas, agência transfusional e eletrocardiograma. O novo centro obstétrico conta com três salas de pré-parto, uma sala de parto humanizado com hidroterapia e uma sala de deambulação, e o novo centro cirúrgico tem cinco salas de cirurgia e dez leitos de recuperação.

Alexandra destacou que a instituição atende a média complexidade e busca atender a alta complexidade. Ela enfatizou que é importante que os pacientes de baixa complexidade permaneçam em seus municípios. Esses pacientes representam atualmente 62% dos atendimentos.

— Por que isso é um problema? É óbvio que vamos falar que isso tem um custo, mas precisamos principalmente falar como vamos fazer com excelência a média complexidade e buscar a alta complexidade. Precisamos discutir em conjunto [com os municípios] sobre isso para que a gente consiga equilibrar e cada vez mais se desenvolver para ser um hospital resolutivo como a população merece. A gente precisa parar de ter que colocar o paciente dentro de uma ambulância e levar para Porto Alegre e tenho plena convicção de que temos capacidade para isso — ressaltou.

Alexandra também falou sobre o recente investimento de R$ 4,7 milhões do governo do Estado para a implantação do serviço de hemodiálise, que vai evitar que os pacientes sejam deslocados para outros municípios. O serviço de hemodiálise prevê dez pontos e a realização de até 780 sessões mensais. O projeto está em andamento e já foi aprovado pela Vigilância Sanitária e Secretaria Estadual de Saúde (SES). Esse recurso também engloba a reforma do pronto-socorro, maternidade, pediatria e unidade de internação do prédio antigo, atingidos pelas chuvas do meio do ano.

O HRSJ também já fez o pedido à SES para habilitação de serviço de alta complexidade na área de traumatologia e ortopedia, considerado um gargalo na região.

— Temos a média complexidade, mas muitas vezes esses pacientes vão precisar da alta complexidade. Então fizemos o pedido e a SES ficou extremamente interessada, porque é uma necessidade. Mas claro que temos uma longa jornada para isso — disse.

Com a implantação do curso de Medicina na Ulbra São Jerônimo, o HRSJ já iniciou as tratativas para se tornar um hospital-escola.

— Estamos comprometidos em ser parceiros para implantar o hospital-escola e termos uma medicina de fato de qualidade como tem que ser — finalizou, destacando que o hospital está comprometido com a qualidade assistencial.

IFSul Charqueadas apresenta cursos e estrutura

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSul) campus Charqueadas foi apresentado pelo diretor Jeferson Fernando de Souza Wolff, que falou sobre a contribuição do Instituto no desenvolvimento regional.

Instalado em 2006, o IFSul Charqueadas é o 4º maior campus de uma rede de 16 institutos federais no Rio Grande do Sul, oferecendo ensino público 100% gratuito de nível básico, técnico, superior e pós-graduação. Em Charqueadas, são oferecidos cursos técnicos integrados nas áreas de informática, mecatrônica e fabricação mecânica (na modalidade EJA). No nível superior, são oferecidos os cursos de tecnólogo em sistemas para internet (TSI), engenharia de controle e automação e licenciatura em pedagogia. Há também o curso de mestrado profissional em educação profissional e tecnológica. O IFSul Charqueadas também oferece dez atividades de extensão, como a Robocharq, oficina de redação, oficina de cultura maker, Charcode e outras. O campus também desenvolve 21 atividades de pesquisa em diversas áreas. Instalado em uma área de 4 hectares, a estrutura do campus conta com 15 salas de aula, 22 laboratórios de diversas áreas e diversos outros espaços.

Wolff destacou a qualidade do ensino ofertado pelo IFSul Charqueadas e a possibilidade de parcerias com os municípios, levando até eles cursos de qualificação de mão de obra voltada às demandas da região.

Consórcio Intermunicipal de Gestão Ampliada apoia administrações municipais


O Consórcio Intermunicipal de Gestão Ampliada (CIGA) foi apresentado pelo atual presidente, prefeito Helton Holz Barreto, e pela futura presidente, prefeita Silvia Lasek.

O CIGA é um órgão de apoio às prefeituras em diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura, e já conta com uma sede em Arroio dos Ratos, onde também abriga a sede da Asmuc. Entre os objetivos, está proporcionar capacitação aos servidores municipais, por meio de parcerias, e a troca de experiências entre as administrações municipais para o fortalecimento das economias locais. Também está em andamento um projeto para facilitar o acesso dos municípios a medicamentos de forma mais rápida e mais barata, bem como disponibilizar especialidades médicas em parceria com os hospitais. O desenvolvimento sustentável de infraestrutura e a implantação de três Centros de Atendimento ao Turista (CAT) na BR-290 e RS-244 também estão bem avançados. Além disso, está em estudo a criação de uma Ceasa regional para diminuir os valores dos produtos, muitas vezes impactados com custos de transporte e outros, já que os alimentos muitas vezes saem da região para a Ceasa em Porto Alegre e depois voltam para as redes supermercadistas, que precisam adicionar os custos ao preço final.

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