13° salário deve injetar R$ 20,5 bilhões na economia gaúcha, estima Dieese
Maior parte desses recursos será paga a empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, com 53,8%; pensionistas e aposentados do INSS recebem outros 45,1%
Até o final de 2024, o 13º salário deve movimentar aproximadamente R$ 20,5 bilhões na economia gaúcha, segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse valor corresponde a 2,7% do PIB estadual e será distribuído entre cerca de 6 milhões de pessoas.
Os empregados do mercado formal (celetistas ou estatutários) serão os maiores beneficiários, recebendo 53,8% do total. Pensionistas e aposentados do INSS representarão 45,1%, enquanto os empregados domésticos com carteira assinada ficam com 1,2% dos recursos.
Em termos absolutos, os trabalhadores formalizados no mercado de trabalho receberão 61,5% do total, o que equivale a R$ 12,5 bilhões. Já os beneficiários do INSS ficarão com R$ 5 bilhões, ou 24,1%, enquanto os aposentados e pensionistas do Regime Próprio do Estado do Rio Grande do Sul receberão R$ 1,5 bilhão, correspondendo a 7,3%. Empregados públicos do Regime Próprio dos municípios gaúchos também terão uma fatia de 7,1%, o que equivale a R$ 1,5 bilhão.
Valores médios recebidos
O maior valor médio será para os trabalhadores formais, com R$ 3.795,99, o que representa 1,7% do PIB estadual. No setor público e privado, o valor médio é de R$ 3.841,10. Já os empregados domésticos com carteira assinada receberão em média R$ 1.703,00, enquanto aposentados e pensionistas terão R$ 1.810,57.
Distribuição setorial dos beneficiários
O setor de Serviços, incluindo a administração pública, é o que concentra o maior número de beneficiários, com 1.611.300 pessoas e o maior valor médio pago, de R$ 4.517,24. Em seguida vem a Indústria, com 755.666 pessoas e um valor médio de R$ 3.713,95. Por outro lado, o setor de Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca é o que apresenta o menor número de beneficiários, 97.025 profissionais, e o valor médio mais baixo, de R$ 2.542,98.
Cenário nacional
Em todo o Brasil, o valor médio do 13º salário por pessoa é estimado em R$ 2.900 no Rio Grande do Sul. O Distrito Federal lidera o ranking com o maior valor médio do País, de R$ 5.665, enquanto Maranhão e Piauí têm os menores, com cerca de R$ 2.000.
No Brasil, cerca de 92,2 milhões de pessoas devem ser beneficiadas, com um rendimento médio adicional de R$ 3.096,78. A maior parte dos beneficiários, 56,9 milhões, ou 61,7% do total, são trabalhadores do mercado formal. Desses, 1,4 milhão são empregados domésticos com carteira assinada, representando 1,6% do total de beneficiários. Já os aposentados e pensionistas do INSS somam 34,2 milhões, ou 37,1% dos beneficiários.
Distribuição por setores no Brasil
Em termos de setores, o maior valor médio do 13º salário será pago aos trabalhadores do setor de Serviços, incluindo a administração pública, com um valor médio de R$ 4.381,64 e 31,2 milhões de beneficiários. Em seguida vem a Indústria, com 9,25 milhões de beneficiários e um valor médio de R$ 3.896,26. O setor de Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca terá os menores valores, com 1,8 milhão de beneficiários e um valor médio de R$ 2.380,30.
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