Chefe da ‘máfia do pix’ em atos golpistas é preso pela PRF na BR-290
Ele estava foragido no Uruguai e ficou conhecido como o organizador da arrecadação de recursos para manter a alimentação dos acampados em Brasília
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, na noite desta sexta-feira (8/11), um homem procurado pela Justiça por sua participação nos atos antidemocráticos de janeiro de 2023, em Brasília. A prisão ocorreu na BR-290, em Rosário do Sul, no interior do Rio Grande do Sul.
O suspeito foi capturado após uma abordagem de rotina, quando os policiais notaram que o veículo em que ele estava desviava o trajeto para evitar postos de fiscalização. A equipe da PRF, então, decidiu realizar a abordagem na BR-290, próximo à entrada de Rosário do Sul. No carro estavam o homem de 46 anos, natural de Cuiabá (MT), e um cidadão uruguaio. Ao consultar os dados do motorista brasileiro, os policiais descobriram que ele estava com um mandado de prisão em aberto, expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O documento apontava sua responsabilidade em diversos crimes relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro, entre eles a abolição violenta do Estado Democrático de Direito e a ameaça violenta ao livre exercício dos poderes da União.
O acusado é conhecido por ser um dos principais articuladores dos atos de vandalismo em Brasília e ficou famoso como o chefe da "máfia do pix". Ele era responsável por arrecadar recursos financeiros por meio de transferências via PIX para sustentar os acampamentos ilegais montados por manifestantes em frente aos quartéis e, principalmente, para manter a alimentação dos acampados. Embora tenha sido preso no dia dos ataques, 8 de janeiro de 2023, ele foi solto posteriormente e fugiu para o Uruguai. Durante a abordagem, o homem afirmou aos policiais que havia permanecido escondido no país vizinho e que retornou ao Brasil apenas para comprar uma geladeira.
Além dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e ameaça ao exercício dos poderes da União, o mandado de prisão inclui outras acusações graves, como terrorismo, associação criminosa armada, dano qualificado, incêndio, pichação de patrimônio público, e o descumprimento de normas sanitárias para o combate a doenças contagiosas.
Após a prisão, o acusado foi encaminhado à polícia judiciária de Rosário do Sul, onde ficou à disposição da Justiça. Em seguida, ele deverá ser transferido para um presídio, onde aguardará as próximas etapas do processo judicial. O veículo em que estava foi apreendido por estar com o licenciamento vencido, e o cidadão uruguaio que o acompanhava foi liberado.
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