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São Jerônimo, RS, 14/11/2024

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Iniciadas as obras de duplicação da RSC-287 entre Tabaí e Santa Maria

Concessionária Rota de Santa Maria deverá investir mais de R$ 3,6 bilhões na rodovia

Maurício Tonetto / Secom
Iniciadas as obras de duplicação da RSC-287 entre Tabaí e Santa Maria O contrato de concessão prevê a duplicação de todo o trecho, nos dois sentidos de tráfego
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As obras de duplicação da RSC-287, um dos principais eixos de ligação entre a grande Porto Alegre e o Centro do Estado, começaram nesta quarta-feira (6/11), em Santa Cruz do Sul. A RSC-287, que possui 204,5 quilômetros de extensão entre Tabaí e Santa Maria, é uma rodovia estadual administrada pela concessionária Rota de Santa Maria (Grupo Sacyr). A concessão de 30 anos, iniciada em agosto de 2021, prevê a duplicação total do trecho, nos dois sentidos de tráfego, com investimentos que devem superar os R$ 3,6 bilhões, beneficiando mais de dez municípios. O governador Eduardo Leite esteve nos quilômetros 99 e 103 da rodovia para vistoriar o início dos trabalhos.

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“Este é apenas o início de um grande processo de duplicação que vai qualificar os deslocamentos, proporcionar mais segurança e conforto, além de conectar os sonhos de quem percorre essa rodovia, eliminando os transtornos de trafegar em uma estrada com pouca estrutura”, afirmou Leite durante a solenidade realizada no trevo de acesso a Santa Cruz do Sul.

Início das obras e cronograma de duplicação

A duplicação da rodovia começa em dois pontos: no km 28 (até o km 30), em Tabaí, e no km 101 (até o km 105), em Santa Cruz do Sul. Esses dois trechos devem ser concluídos até agosto de 2025, conforme a concessionária. O cronograma de obras atende aos requisitos técnicos previstos no contrato da concessão, e estabelece que 63%, ou 128 quilômetros, da rodovia devem estar duplicados até o nono ano de concessão, abrangendo o trecho mais movimentado, entre Tabaí e Candelária.

A partir do quarto ano da concessão, será permitida a duplicação de trechos em Candelária e Novo Cabrais (km 137,58 ao km 141,49), Paraíso do Sul (km 156,46 ao km 157,48) e Santa Maria (km 231 ao km 232,54). No sexto ano, os trabalhos se concentrarão entre Tabaí e Santa Cruz do Sul. No oitavo ano, será a vez da duplicação entre Santa Cruz do Sul e Candelária, e, no nono ano, entre Candelária e Novo Cabrais. O último trecho, entre Novo Cabrais e Santa Maria, será duplicado quando o tráfego da rodovia atingir o volume médio diário equivalente de 18 mil eixos nas duas praças de pedágio.

“Neste mesmo local, há pouco tempo fizemos um evento anunciando a concessão. Hoje estamos aqui novamente, tornando o investimento uma realidade. O mesmo ocorrerá em todas as rodovias em que temos compromissos de reconstrução, ampliação e melhorias”, destacou o secretário de Transportes e Logística, Juvir Costella.

Impactos da enchente de maio de 2024

A RSC-287 foi uma das rodovias mais afetadas pela enchente de maio deste ano, sendo impactada pela queda de três pontes e por outros danos estruturais severos. No entanto, em pouco mais de um mês, a estrada foi completamente liberada para o tráfego, contribuindo para o transporte de bens, produtos, veículos de emergência e o deslocamento da população.

“É uma grande satisfação para o Grupo Sacyr ajudar a concretizar a duplicação da rodovia, que representa uma luta histórica para a região. Esse avanço passa pela visão estratégica do governador, de que um projeto dessa magnitude só seria possível com uma concessão. Juntos, vamos fazer essa transformação”, garantiu o diretor-geral da Sacyr Concessões Brasil, Aquilino Martínez.

Apesar da liberação do tráfego, a RSC-287 ainda sente os reflexos da enchente histórica. Uma ponte provisória foi instalada no dia 30 de maio, sobre o Arroio Grande, no km 226, em Santa Maria. A infraestrutura original foi destruída pela força das águas no final de abril, e a imagem da queda da ponte teve grande repercussão nacional.

Entregas e obras previstas na concessão

O contrato de concessão prevê diversas melhorias e obras ao longo da RSC-287, incluindo:

  • Duplicação de toda a extensão da rodovia (204 km);
  • Restauração de toda a extensão da rodovia existente (204 km);
  • Manutenção da rodovia após restaurações até o final da concessão;
  • Implantação de 12 km de vias marginais;
  • Implantação de 20 passarelas;
  • Implantação de 28 rotatórias/rótulas;
  • Implantação de 10 retornos em nível;
  • Adequação de 9 interseções existentes;
  • Implantação de 4 interseções em dois níveis (passagem inferior/trombeta);
  • Implantação de 7 km de terceiras faixas.

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