Apenado da Pasc comanda facção que fabrica ecstasy no Vale do Rio Pardo
Segundo a Polícia Civil, os membros da organização criminosa utilizam uma prensa elétrica e insumos que possibilitam a produção em larga escala dos comprimidos distribuídos para toda a região
Na manhã desta quarta-feira (6/11), a Polícia Civil de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, deflagrou a operação Fábrica de Ecstasy, que visa combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro na região. A ação resulta de um ano de investigações e envolve o cumprimento de 13 mandados de prisão temporária, 25 ordens de busca e apreensão, além do bloqueio de contas judiciais.
De acordo com as apurações, a operação desarticula um braço de uma facção criminosa responsável pela produção em larga escala de ecstasy, uma droga sintética. A organização criminosa utilizava uma prensa elétrica e insumos específicos para fabricar comprimidos de ecstasy em grande quantidade, com o objetivo de abastecer o mercado local. O líder do grupo, que coordena as atividades criminosas, cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), e comandava a operação de dentro da prisão.
A investigação identificou que a facção, composta principalmente por membros dos vales do Rio Pardo e Taquari, usava uma máquina de produção em larga escala para fabricar o ecstasy. Com isso, a organização tinha capacidade de produzir grandes quantidades de comprimidos por minuto, abastecendo uma vasta rede de distribuição na região. Além disso, o grupo contava com armamento pesado, incluindo armas de grosso calibre de uso restrito, e exibia seu poder bélico em vídeos, reforçando seu grau de intimidação.
A operação é coordenada pelos delegados Paulo César Schirrmann e Vinícius Lourenço de Assunção e conta com a participação de 80 policiais da região do Vale do Rio Pardo e Taquari. Agentes do Canil da Polícia Penal também estão envolvidos no cumprimento das ordens judiciais. Para viabilizar a investigação, a polícia contou com um aparato tecnológico avançado, que foi possível graças a parcerias com empresários locais, o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) e o Poder Legislativo. O equipamento fornecido permitiu à Delegacia de Polícia de Venâncio Aires monitorar e analisar dados sigilosos, sendo essencial para o avanço da investigação.
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