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São Jerônimo, RS, 14/11/2024

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Operação no RS desarticula esquema criminoso envolvendo servidores públicos federais

Servidores da Receita Federal usavam seus cargos para desviar mercadorias apreendidas em fiscalizações e as vendiam no mercado informal

Polícia Federal / Divulgação
Operação no RS desarticula esquema criminoso envolvendo servidores públicos federais As ordens judiciais, expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria/RS, foram cumpridas nas cidades de Santa Maria, Pelotas, Lajeado, Braga, Santo Augusto e Chapecó/SC
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A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Corregedoria da Receita Federal do Brasil, deflagrou nesta quarta-feira (6/11) a Operação Entreposto, com o objetivo de desmantelar um esquema criminoso envolvendo servidores da Receita Federal. Eles se utilizavam dos cargos para desviar e se apropriar de mercadorias apreendidas nas atividades de fiscalização, com o propósito de reinserir esses bens de forma ilícita no mercado informal.

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Cerca de 90 policiais federais e 16 integrantes da Corregedoria da Receita participaram da operação, cumprindo nove mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão, três de busca pessoal e 12 medidas cautelares. Também houve o sequestro de 22 imóveis, 24 veículos e o bloqueio de contas bancárias dos investigados, com um montante aproximado de R$ 37 milhões. 

As ordens judiciais, expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria/RS, foram cumpridas nas cidades de Santa Maria, Pelotas, Lajeado, Braga, Santo Augusto e Chapecó/SC.

A investigação teve início após uma comunicação interna da Superintendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul à Corregedoria da RFB, levando à instauração de inquérito criminal pela PF. Segundo as apurações, os servidores manipulavam registros de apreensão para que apenas parte dos produtos ingressasse efetivamente no depósito de mercadorias da Delegacia da Receita em Santa Maria.

As mercadorias desviadas eram comercializadas por um grupo de particulares, que repassava os valores aos servidores mediante comissão. Esses particulares, associados aos servidores, já possuíam antecedentes criminais por contrabando e diversas autuações pela própria Receita Federal.

Um auditor e três analistas tributários da Receita Federal estão entre os presos. Identificou-se também a participação de um policial militar de Santa Catarina, lotado na inteligência do órgão, que auxiliava nas abordagens e na destinação das mercadorias desviadas.

A Operação Entreposto investiga crimes de peculato, facilitação ao contrabando ou descaminho, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


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