Novembro Azul reforça a conscientização sobre a saúde do homem
No ano passado, o RS registrou mais de 3 mil novos casos de câncer de próstata, que é o segundo mais comum entre os homens
Este mês é marcado pela campanha do Novembro Azul, dedicada à conscientização sobre o câncer de próstata e às ações de sensibilização sobre os cuidados com o bem-estar do homem, além das doenças prevalentes na população masculina. No ano passado, o Rio Grande do Sul registrou mais de 3 mil novos casos deste tipo de câncer, que é o segundo mais comum entre os homens.
De acordo com dados do Painel Oncologia do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram registrados 1.224 óbitos por câncer de próstata no estado em 2023, mantendo números semelhantes aos anos anteriores. Esse tipo de câncer é o segundo mais incidente entre os homens, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma, em todas as regiões do Brasil. Para o triênio 2023-2025, estima-se que o país tenha quase 72 mil novos casos, com 3.510 deles previstos no Rio Grande do Sul.
Ações de rastreamento
Atualmente, as evidências científicas apontam para a não recomendação do rastreamento populacional do câncer de próstata (por meio do exame de toque e do PSA - Antígeno Prostático Específico), devido ao balanço desfavorável entre os riscos e benefícios. O rastreamento populacional é indicado de forma indiscriminada, mesmo em pessoas sem sintomas ou sem indicação médica específica.A orientação atual é que os homens realizem exames de rotina na Atenção Primária em Saúde (APS). É recomendado monitorar índices de glicose e colesterol, fazer acompanhamento dos níveis de pressão arterial, controle de peso corporal e adesão a hábitos saudáveis. Caso o homem apresente dificuldades para urinar, sensação de bexiga cheia mesmo após ir ao banheiro, diminuição do jato de urina, dores na região pélvica ou presença de sangue na urina ou no sêmen, deve procurar um serviço de saúde para investigação. Para aqueles com fatores de risco, são indicadas consultas periódicas.
Fatores de risco
- Idade acima de 50 anos
- Histórico familiar de câncer de próstata (casos em familiar de primeiro grau, como pai ou irmão, ou dois familiares que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, ou que tiveram câncer de próstata com metástase ou que morreram devido à doença)
- Cor de pele preta
As orientações sobre a não realização do rastreamento populacional estão contidas em notas técnicas conjuntas do Ministério da Saúde e do Inca, a nível nacional, e da Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul, em parceria com a seccional gaúcha da Sociedade Brasileira de Urologia, a Associação Gaúcha de Medicina de Família e Comunidade e o TelessaúdeRS-UFRGS.
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