Curso de Medicina da Ulbra São Jerônimo vai revolucionar a Região Carbonífera
Cerimônia do Jaleco marca início de uma nova era na Educação regional
Carla Miller Trainini
Ulbra São Jerônimo
A Região Carbonífera viveu um marco histórico com a realização da Cerimônia do Jaleco dos alunos da primeira turma de Medicina da Ulbra São Jerônimo. A solenidade, carregada de emoção, celebrou o início da jornada dos futuros médicos, que vestiram o primeiro jaleco branco, símbolo da dedicação aos próximos seis anos de graduação.
Nos últimos dois anos, a Ulbra São Jerônimo passou por grandes investimentos em infraestrutura e tecnologia. Com 34 anos de atuação no município, a instituição agora vislumbra um impacto significativo no desenvolvimento econômico da Região Carbonífera. Serão 960 novos estudantes ao longo de seis anos, impulsionando a economia local e regional. O reitor da Ulbra RS, Adriano Chiarani da Silva, destacou a importância desse momento:
— Todos os esforços da nossa Mantenedora, da direção do Campus e da sociedade foram fundamentais para que chegássemos até aqui. Foram dois anos de intenso trabalho, passando por todos os trâmites do Ministério da Educação, e hoje o curso de Medicina é uma realidade — afirmou Chiarani.
O reitor também ressaltou a necessidade de que a infraestrutura da região acompanhe o crescimento esperado com a chegada dos estudantes:
— Esses 960 novos alunos viverão aqui e na região, e precisaremos trabalhar juntos para garantir a infraestrutura necessária para recebê-los, transformando a área em um polo de saúde tão necessário para nossa sociedade — completou.
A Cerimônia
A cerimônia, realizada na última sexta-feira (18/10), foi marcada pela entrega dos jalecos aos alunos pelos seus familiares, em um gesto simbólico que representou reconhecimento e acolhimento. Durante o evento, os estudantes Adry Willian Battochia e Júlia Ploharski Wolksweis, representando a turma, emocionaram os presentes com suas palavras:
— Somos a primeira turma de Medicina de São Jerônimo, e apesar das nossas histórias e trajetórias diferentes, compartilhamos o mesmo sonho: nos tornarmos bons médicos. Ao vestirmos esse jaleco, levamos conosco dois princípios essenciais: ética e empatia. Que ele seja um lembrete constante de nossa missão de aprender, crescer e servir — disseram os acadêmicos.
Assista ao vídeo:
Confiança no Futuro
Para o diretor da Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Baptista Moreira, a implantação do curso de Medicina vai além da formação acadêmica, representando um desenvolvimento social e econômico para a região. Ele agradeceu o apoio dos familiares, gestores municipais e demais parceiros:
— Nossa equipe está comprometida em oferecer uma formação de excelência. Estamos preparados e somos experientes na formação acadêmica. Precisamos consolidar esse projeto juntos, e só temos a agradecer pela confiança depositada em nossa Instituição— destacou Moreira.
Medicina Humanizada
A coordenadora do curso, Rosângela Dornelles, ressaltou a importância de uma formação humanizada. Segundo ela, a diversidade de trajetórias dos alunos enriquece a experiência acadêmica e a prática médica, especialmente no que diz respeito ao atendimento com empatia e respeito:
— Nossa prioridade é oferecer uma Medicina que resgate as boas práticas e priorize a qualidade de vida da população. Essa turma iniciante é muito coesa, comprometida e responsável. Todos esses fatores colaboram para que possamos proporcionar um curso de Medicina mais humanizado — concluiu a coordenadora.
Homenagem à Jane Picarelli
A Ulbra São Jerônimo está presente na Região Carbonífera há 34 anos e durante os primeiros 28 anos, a professora Jane Ferreira Picarelli esteve à frente na gestão. Ao iniciar seu discurso, o diretor da Faculdade Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Baptista Moreira, prestou sua homenagem em reconhecimento à luta da professora para implantar e manter o Ensino Superior no município. Ela também recebeu homenagens do superintendente de Educação Superior, Fabiano Pereira Alves, do reitor Adriano Chiarani da Silva, e do prefeito de São Jerônimo, Evandro Agiz Heberle, que na ocasião representou a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Asmurc), tendo sido aclamada por salva de palmas pelo trabalho executado durante quase três décadas de gestão.
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