MPRS denuncia influenciador digital gaúcho por estelionato e lavagem de dinheiro em rifas virtuais
Investigação apurou que ele obteve, em razão dessas rifas ilícitas, em torno de R$ 2,5 milhões, referentes a mais de 300 mil transferências bancárias
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), através da Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre e do 1º Núcleo Regional do GAECO – Capital, denunciou o influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, e a companheira dele. Eles foram alvos de uma operação da instituição realizada em 12 de julho deste ano em Santa Catarina.
O promotor de Justiça Flávio Duarte ofereceu denúncia ao Poder Judiciário pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além da contravenção penal de promoção de loteria na modalidade de rifas digitais. A análise dos materiais apreendidos na Operação Rifa$, incluindo documentos, mídias sociais e celulares, revelou a extensão das infrações e dos valores envolvidos.
Promoção de Loteria
O influenciador, sem autorização legal, promoveu loterias em forma de rifas digitais entre novembro de 2022 e maio de 2024. Ele distribuía prêmios em dinheiro e bens mediante contrapartida financeira, cujo sorteio dependia de sorteios. O GAECO/MPRS apurou que o influenciador obteve cerca de R$ 2,5 milhões, referentes a mais de 300 mil transferências bancárias.
Estelionato
O influenciador foi denunciado por estelionato, por ter promovido, de forma fraudulenta, a rifa eletrônica de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro. Ele publicou vídeos nas redes sociais e usou outros meios para enganar as vítimas, transferindo o veículo premiado para terceiros e adquirindo o próprio número sorteado. Além disso, publicou um vídeo com um vencedor fictício.
Lavagem de Dinheiro
O GAECO/MPRS também denunciou o casal por lavagem de dinheiro no valor de R$ 2,5 milhões, de novembro de 2022 a maio deste ano. Eles realizaram a destinação dos valores das rifas ilícitas para contas de terceiros e usaram os fundos para adquirir veículos de luxo, imóveis e gastos pessoais.
Uso de Documento Falso
Em maio deste ano, o influenciador postou um comprovante falso de transferência PIX no valor de R$ 1 milhão, alegando ser uma doação para vítimas de enchente no Rio Grande do Sul. A operação verdadeira e o comprovante gerado foram de apenas R$ 100.
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