Morre o cantor e compositor Pery Souza, aos 71 anos
Ele integrou a primeira formação do grupo Almôndegas e compôs canções como "Noite de São João" e "Estrela Guria"
Nascido em Jaguarão, Pery Souza integrou a primeira formação do grupo Almôndegas, criado na década de 1970 Morreu nesta segunda-feira (2), aos 71 anos, o cantor e compositor gaúcho Pery Alberto Alves de Souza, mais conhecido como Pery Souza. Longe dos palcos há mais de uma década, ele lutava contra o Alzheimer e estava internado em uma clínica em Porto Alegre.
Nascido em Jaguarão, Pery Souza integrou a primeira formação do grupo Almôndegas, criado na década de 1970 pelos seus primos, os irmãos Kleiton e Kledir, além de Gilnei Silveira e Eurico Guimarães de Castro Neves (Quico). Juntos, gravaram dois discos lançados em 1975. Devido à doença, Pery não participou do encontro do grupo no ano passado.
Em 1984, Souza lançou seu primeiro álbum solo pela Sigla/RBS, onde compôs músicas com Jerônimo Jardim, Luiz Coronel, Fogaça, Raul Ellwanger e gravou com Luiz Carlos Borges, Pedrinho Figueiredo e Kleiton e Kledir. Autor de canções como “Noite de São João”, “Estrela Guria”, “Pampa de Luz” e “Sonho Sideral”, Souza também era formado em Composição e Regência pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalhou com corais em escolas.
Em 2017, já afastado dos palcos, recebeu uma homenagem dos antigos integrantes da Cooperativa Mista dos Músicos de Porto Alegre (Coompor), que completou 30 anos naquela ocasião. No espetáculo "Coompor Canta Pery", artistas como Bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro, Pedrinho Figueiredo e Raul Ellwanger interpretaram suas canções.
Homenagens
Os primos Kleiton, Kledir e Vitor Ramil prestaram homenagens a Pery Souza.
Kledir Ramil destacou o legado musical de Pery e a relação pessoal que tiveram:
— Era como um irmão. Ele me ensinou muito. Tínhamos 10 anos de diferença, moramos no Rio de Janeiro no mesmo período e estávamos sempre juntos. Ele era compositor, professor, um homem muito versátil e musical — disse Vitor.
Kleiton Ramil escreveu nas redes sociais:
— Pery Souza se foi. Desejo muita paz à sua família. Pery fez parte da primeira formação do Almôndegas. Nos criamos juntos e foi um dos músicos mais talentosos com quem convivi. Que sigas bem, meu amigo, por onde quer que vás nesse universo.
Kledir também compartilhou suas memórias:
— Tínhamos uma vida inteira juntos, antes mesmo do Almôndegas. Fui conhecer o Pery em Jaguarão quando tinha três meses, e os pais dele me batizaram na ocasião. Nos criamos juntos. As lembranças sempre serão muito bonitas. É uma perda não só para nós, família e amigos, mas também para a música do Rio Grande do Sul. Foi um dos nomes mais importantes da nossa geração.
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