Petrobras assina 26 contratos de concessão na Bacia de Pelotas
Exploração de petróleo na costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina terá investimento de R$ 1,5 bilhão
Na sexta-feira (30/08), a Petrobras anunciou a assinatura de 26 contratos de concessão do 4º Ciclo de Licitações da Oferta Permanente, adquiridos em parceria com a Shell na sessão pública da Bacia de Pelotas, realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em dezembro de 2023. O consórcio será composto pela Petrobras, que atuará como operadora com 70% de participação, e a Shell, com 30%. Além desses contratos, a Petrobras adquiriu outros três blocos em parceria, cujos contratos serão formalizados posteriormente conforme o calendário da ANP.
A assinatura desses contratos está alinhada com a estratégia de longo prazo da Petrobras para diversificação de portfólio e fortalece o papel da empresa como principal operadora de campos de petróleo em águas profundas e ultra profundas, visando a recomposição de reservas para o futuro.
Investimento de R$ 1,5 bilhão
A Bacia de Pelotas, que cobre toda a costa do Rio Grande do Sul, sul de Santa Catarina e se estende até a fronteira com o Uruguai, teve 44 blocos arrematados em um certame realizado no dia 13/12/2023, pela ANP. O bônus de assinatura para a União foi de aproximadamente R$ 298,7 milhões, com uma perspectiva de investimento de pelo menos R$ 1,5 bilhão pelas empresas vencedoras.
Entre as vencedoras estão Chevron Brasil Óleo e consórcios formados por Petrobras, Shell Brasil e CNOOC Petroleum, além de consórcios apenas com Petrobras e Shell Brasil. A Petrobras será operadora em todos os 29 blocos adquiridos, sendo três em consórcio com Shell (30%) e CNOOC (20%) e 26 apenas com a Shell (30%). Os novos blocos estão localizados na área de abrangência do Rio Grande do Sul.
O leilão, que também ofereceu áreas em outras regiões brasileiras, disponibilizou 165 blocos na Bacia de Pelotas, distribuídos por 12 setores. A bacia tem uma extensão total de cerca de 210 mil quilômetros quadrados, com 28,6 mil quilômetros quadrados de blocos leiloados no oceano.
Respondendo a críticas de ambientalistas sobre os impactos da exploração petrolífera, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Henrique de Saboia, afirmou não ver contradição entre o evento e a necessidade de transição energética para reduzir o uso de combustíveis fósseis. Saboia destacou que a exploração de petróleo cria oportunidades para empresas de diversos portes e gera emprego e renda para a sociedade. Em 2023, o setor distribuiu royalties na ordem de R$ 118 bilhões.
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