Homem acusado de feminicídio de personal trainer vai a júri no RS
Decisão desta quarta-feira mantém prisão preventiva do suspeito pela morte de Débora Michels Rodrigues da Silva; crime ocorreu em janeiro deste ano
O homem acusado de matar a companheira Débora Michels Rodrigues da Silva, de 30 anos, no início deste ano, em Montenegro, no Vale do Caí, irá a julgamento pelo Tribunal do Júri. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (28/08) pela juíza Débora Vissoni, da Primeira Vara Criminal. Até o momento, não há uma data definida para o julgamento, e a defesa do acusado já anunciou que pretende recorrer. As informações são da Zero Hora.
O réu, de 48 anos, enfrenta acusações de feminicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Débora, que era personal trainer, foi encontrada morta em 26 de janeiro, em frente à casa dos pais. Na ocasião, o homem admitiu à Polícia Civil que agrediu a vítima durante uma discussão e abandonou o corpo dela na calçada.
Conforme o depoimento do acusado, durante a briga, os dois trocaram agressões até que ele a segurou pelo pescoço, a levantou e a arremessou contra um guarda-roupas, momento em que Débora começou a passar mal. Em seguida, o homem colocou a companheira no carro e, ao perceber que ela havia falecido durante o deslocamento, decidiu abandonar o corpo em frente à casa dos pais dela.
No entanto, o Ministério Público acredita que o crime foi premeditado. De acordo com a acusação, o réu, irritado com o término do relacionamento e sob efeito de cocaína, teria esganado Débora de forma deliberada. Dois dias antes de ser encontrada morta, Débora havia realizado a vistoria em um imóvel onde planejava recomeçar a vida.
A vítima
Débora, carinhosamente conhecida como "Debby", era personal trainer desde 2011 e compartilhava sua rotina de treinos e dicas nas redes sociais. Formada em Educação Física pela Unisinos, trabalhava em uma academia em Montenegro e era dedicada ao fisiculturismo, tendo vencido competições na modalidade. O acusado também era fisiculturista, e ambos trabalhavam na mesma academia, segundo informações da família.A morte de Débora causou grande comoção em Montenegro, onde foi realizado um protesto em sua memória.
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