Foragido condenado pela morte de Ronei Jr. é preso em Santa Catarina
Prisão do último condenado que ainda estava solto ocorreu após troca de informações entre as Polícias Civis de Charqueadas e de Tubarão/SC
Na segunda-feira (26/08), agentes da Polícia Civil localizaram e cumpriram o mandado de prisão definitiva de Geovani Silva de Souza, condenado a 41 anos e 6 meses de reclusão pelo envolvimento na morte do adolescente Ronei Faleiro Júnior, de 17 anos.
Geovani era o último envolvido no assassinato que ainda estava solto, já que estava foragido da Justiça, e foi preso no bairro Morrotes, na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, após troca de informações entre a Delegacia de Polícia de Charqueadas e a Polícia Civil catarinense e diligências de cerca de 15 dias. A Polícia Civil de Charqueadas não divulga detalhes sobre a prisão por orientação da Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep).
O crime ocorreu em agosto de 2015, na saída de uma festa no clube Tiradentes, em Charqueadas, para angariar fundos para a formatura da turma do Ensino Médio de Ronei Jr.
Situação dos demais réus
Todos os acusados foram julgados em quatro júris, realizados nos meses de junho e julho de 2022 e em julho de 2024. Após recurso, a situação é a seguinte:
Rafael Trindade de Almeida
Pena total: 10 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão. Considerando o tempo em que o réu permaneceu em prisão preventiva e domiciliar, o tempo inicial de cumprimento é de 2 anos, 10 meses e 16 dias, em regime aberto. O Ministério Público recorreu dessa decisão.Leonardo Macedo Cunha
Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).Peterson Patric Silveira
Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Tem recurso pendente em Tribunal Superior. Aguarda em liberdade.Vinicios Adonai Carvalho da Silva
Pena total: 38 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto a corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).Alisson Barbosa Cavalheiro
Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).Volnei Pereira de Araújo
Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).Cristian Silveira Sampaio
Absolvido após recurso.Jhonata Paulino da Silva Hammes
Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).Matheus Simão Alves
Pena total: 35 anos e 4 meses de reclusão. Preso condenado com execução definitiva pelos crimes, exceto as tentativas contra Ronei e Francielle e pela corrupção de menores (extinta a punibilidade pela prescrição).
Adolescentes
- Em 2015, quatro adolescentes envolvidos nas agressões foram condenados a cumprir três anos de medida socioeducativa de internação, conforme decisão judicial.
Relembre o Caso
O assassinato do adolescente chocou o estado e teve repercussão nacional devido à violência envolvida. O jovem, seu pai e o casal de amigos foram brutalmente agredidos com socos, chutes e garrafadas por um grupo de mais de 15 pessoas, entre adultos e adolescentes.
O crime ocorreu em 1º de agosto de 2015. As agressões começaram quando o engenheiro Ronei Faleiro foi buscar seu filho e dois amigos na festa. Os agressores atacaram quando eles estavam entrando no carro da família.
De acordo com o Ministério Público, a motivação do crime foi a rivalidade entre o amigo de Ronei, que era de São Jerônimo, e o Bonde da Aba Reta, grupo ao qual os réus pertenciam.
Câmeras de monitoramento capturaram a sequência de violência, ajudando a identificar os envolvidos. Além disso, mensagens de WhatsApp trocadas entre os agressores, nas quais se vangloriavam do ataque, foram usadas como provas nas condenações.
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