Rosângela Dornelles assume coordenação nacional da Associação Vida e Justiça
Além de reforçar o objetivo de exigir responsabilização e buscar reparação às vítimas da covid-19, Rosângela apontou que a Associação deve se somar aos esforços de elaboração de políticas para o enfrentamento das decorrências das mudanças climáticas
Rosângela Dornelles (E) é a nova coordenadora nacional da entidade Na terça-feira (20/08), a Associação Brasileira em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19, a #, realizou sua terceira Assembleia-Geral Ordinária desde a fundação, em 30 de abril de 2021. Durante a Assembleia, foi apresentada e aprovada a nova Coordenação Nacional da entidade para o biênio 2024/2025, que passa a ter coordenação nacional da médica Rosângela Dornelles, de Charqueadas, na Região Carbonífera, representando Seccional Rio Grande do Sul.
Ativistas do Acre, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo rememoraram a trajetória da Vida e Justiça e suas principais ações durante a pandemia e nesses anos que se seguiram, reafirmando que se faz necessário manter vivos os propósitos de construir memória, exigir responsabilização e buscar reparação às vítimas diretas e indiretas do genocídio vivido no Brasil.
Como nova coordenadora-geral, Rosângela Dornelles reafirmou o compromisso de seguir conduzindo a Vida e Justiça como espaço de defesa e promoção da vida, da solidariedade e da democracia para assegurar direitos e reparar injustiças. Ela também apontou a necessidade de a Associação ampliar sua área de atuação, atendendo ao desafio de se somar aos esforços de elaboração de políticas para o enfrentamento das decorrências das mudanças climáticas, em especial porque sempre afetam com maior intensidade as populações e segmentos mais vulnerabilizados.
Ao abrir a reunião com Chico César musicando a poesia Inumeráveis, a coordenadora-geral Sueli Bellato lembrou das pessoas queridas perdidas para o vírus da pandemia, devido principalmente à irresponsabilidade, negligência e negacionismo dos então dirigentes da Nação.
Durante a apresentação da prestação de contas do mandato 2023/2024, foi registrada a abrangência nacional da entidade e sua atuação em aliança estratégica com o Conselho Nacional de Saúde, Frente Pela Vida e a Rede Nacional por Reparação e Responsabilização. Foi destacado o trabalho na organização de diálogos com a sociedade, na elaboração de propostas de políticas públicas e de legislação para memória, identificação de responsáveis por negligência ou omissão no enfrentamento à pandemia e também por crimes decorrentes de experimentos fora dos fundamentos e métodos científicos e das condutas éticas.
Balanço
Entre as muitas ações realizadas pelas seccionais estaduais e pela Coordenação Nacional, a seguir estão enumeradas as principais:
Em 2021: Atuação na elaboração do PL do Dia Nacional em Homenagem às Vítimas da Covid-19 - 12 de março, data da morte da primeira vítima brasileira. Promoção de atos ecumênicos e inter-religiosos (500 velas). Realização do Seminário Nacional pelo Direito Humano à Vacinação e dezenas de lives disputando a narrativa anticiência e práticas que resultaram no genocídio ocorrido no Brasil. Além de iniciativas legislativas como a Lei nº 14.128/2021 para indenização de trabalhadores vitimados pela covid-19 no ambiente de trabalho e os PLs para taxação de super-ricos. Entrega, à Mesa Diretora da CPI da Pandemia, do Documento de Recomendações reivindicando a oitiva de vítimas, no que foi atendida em 18/10/2021.
Em 2022: Em parceria com outras entidades, organizou a Assembleia de Convergências da Saúde Fórum das Resistências e documento ao FSM/2022. Participação nas audiências e redação do Relatório da Frente Parlamentar ALERGS de diagnóstico e proposição de atenção integral às vítimas da pandemia. Participação na 330ª Reunião do CNS, pautando a necessidade de promover pesquisas e ampliar o acesso a cuidados de condições pós-covid, o que gerou a Recomendação nº 013/CNS.
Em 2023: Atuação na organização do evento “Desafios no Enfrentamento das Consequências da Pandemia – FSM” e entrega do Manifesto à Ministra Nísia. Participação na inauguração do Memorial do Senado, quando, em 15/03, foi lançada a Agenda Covid-19 por Reparação e Responsabilização. Participação na organização da Conferência Livre de Vítimas e Familiares de Vítimas, preparatória à 17ª Conferência Nacional de Saúde.
Em 2024: Atuação junto ao Ministério da Saúde na organização do Seminário “Direito à Memória: Lembrar para Aprender" para concepção e criação do Memorial da Pandemia Covid-19. Participação na Mesa de Diálogo De Olho na Saúde Pública do Futuro, no evento States of the Future, preparatório ao G20 Brasil. Desenvolveu o Projeto Memória Virtual das Vítimas da Covid-19 em parceria com a Fiocruz – Brasília, com o objetivo de organizar um ambiente virtual para reverenciar a memória das mais de 700 mil vítimas da pandemia.
Na sequência, foi apresentada e aprovada a nova Coordenação Nacional da entidade, assim constituída:
- Coordenadora Nacional - Rosângela Dornelles (Seccional Rio Grande do Sul)
- Coordenadora Executiva - Isabel Gomes (Seccional Distrito Federal)
- Coordenadora de Saúde - Claudia Travasso (Seccional Rio de Janeiro)
- Coordenador de Finanças - Mauri Cruz (Seccional Bahia)
- Coordenador Jurídico - Bruna Morato (Seccional São Paulo)
- Coordenadora de Pessoas com Deficiência, Doenças Raras e Vítimas Indiretas - Ewelin Canisares (Seccional Rio Grande do Sul)
- Coordenadora de Políticas Públicas e Ações Legislativas - Paulo Garrido (Seccional Rio de Janeiro)
- Coordenador de Comunicação e Redes Sociais - Iti Guimarães (Seccional Rio Grande do Sul)
- Coordenadora de Direitos Humanos - Rogério Giannini (Seccional São Paulo)
- Coordenador de Memória e Diálogo Inter-religioso - Sueli Bellato (Seccional Distrito Federal)
- Coordenadora de Meio Ambiente - Julia Feitoza (Seccional Acre)
- Coordenador de Educação, Ciência e Tecnologia - Márcio Cruz (Seccional Santa Catarina)
- Coordenador de Ações e Redes de Solidariedade – Vago
COMENTÁRIOS