Preso grupo criminoso responsável pela venda de drogas para detentos gaúchos
Operação prendeu 46 pessoas e ocorreu em Charqueadas, Porto Alegre, Encantado, Canoas, Eldorado do Sul, Bento Gonçalves e Novo Hamburgo
Na manhã desta quarta-feira (21/08), a Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (4ªDIN/Denarc), deflagrou a segunda fase da Operação Nemeia, visando combater um grupo criminoso voltado para o tráfico de entorpecentes no Sistema Penitenciário.
Durante a ação, foram cumpridos 56 mandados de prisão preventiva, 59 mandados de busca e apreensão, 59 bloqueios de contas bancárias e seis sequestros de veículos em Porto Alegre, Encantado, Canoas, Eldorado do Sul, Charqueadas, Bento Gonçalves e Novo Hamburgo. No total, 46 pessoas foram presas e documentos e celulares foram apreendidos.
A primeira fase da operação começou com uma investigação após informações sobre comércio de armas de fogo e tráfico de entorpecentes no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. Foram realizadas diligências e monitoramento de residências utilizadas para armazenar entorpecentes, dinheiro e armas do grupo criminoso.
Como resultado, foram solicitados mandados de busca e apreensão ao Poder Judiciário, que foram deferidos e cumpridos em julho de 2023. Nessa ocasião, foram apreendidos armas de fogo, munições, carregadores, celulares, um notebook, balança de precisão, cadernos de anotações, R$ 37.812,00 (trinta e sete mil, oitocentos e doze reais) em cédulas fracionadas, além de cocaína, crack e maconha.
A investigação prosseguiu para identificar e responsabilizar criminalmente os demais membros do grupo. Foi confirmado que dois investigados controlavam o comércio ilegal de drogas em algumas galerias de determinados presídios do Rio Grande do Sul, incluindo a Cadeia Pública de Porto Alegre, a Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas e a Penitenciária Estadual de Jacuí.
Além disso, constatou-se que a movimentação bancária da organização criminosa era milionária e incluía uma rede de pessoas voltadas para a lavagem do capital obtido pelo comércio de entorpecentes. O fato de os entorpecentes serem traficados em um ambiente de acesso dificultado permitiu que os investigados cobrassem altos valores pelas drogas, resultando em uma movimentação milionária de capital ilícito. Também foi verificada a clara intenção dos investigados de injetar esse capital na economia, convertendo-o em bens de luxo, empresas e imóveis.
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