A Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp) está à frente de uma negociação inovadora para o desenvolvimento do cicloturismo entre regiões. O presidente da entidade, Djalmar Ernani Marquardt, informou que uma proposta em análise inclui o Vale do Rio Pardo na rota da Região Imperial Carbonífera, abrangendo municípios como Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Butiá, Charqueadas, General Câmara, Minas do Leão, São Jerônimo e Triunfo.

Essa integração permitiria a criação de uma rota de ciclismo que vai de Rio Grande até São Miguel das Missões, passando pelas regiões da Costa Doce, Carbonífera, Vale do Rio Pardo e Região Central, até chegar às Missões.

- Essa é uma grande possibilidade, uma vez que o cicloturismo, um ramo do turismo de aventura, está crescendo em escala mundial. Esta iniciativa também coopera com a divulgação do Vale do Rio Pardo, criando mais um atrativo para os adeptos desse viés turístico -  complementou Marquardt.

Estudo apresenta necessidade de R$ 500 mil para roteiro turístico regional

Um estudo apresentado na última reunião mensal da Aturvarp, realizada no Refúgio da Figueira, em Linha Josefa, no interior do município de Vera Cruz, revela a necessidade de aproximadamente R$ 500 mil para a estruturação e divulgação de um roteiro turístico regional no próximo ano. A ação, iniciada antes da pandemia de Covid-19, conta com a participação de empresas do segmento para promover a permanência prolongada dos turistas, com opções em vários municípios do Vale do Rio Pardo.

A guia turística Leoni Kessler, autora do estudo, destacou que a iniciativa, organizada com agências de viagens de Santa Cruz do Sul, visa promover o turismo local através da criação de um roteiro regional no Vale do Rio Pardo.

- Todos os municípios já possuem algum tipo de atrativo turístico. A intenção é desenvolver uma ação organizada, que venda a região como um todo, não apenas Santa Cruz do Sul, mas incluindo passeios em municípios vizinhos - explicou.

A proposta busca integrar passeios em múltiplos municípios, aproveitando a proximidade territorial. Com isso, espera-se aumentar o tempo de permanência dos turistas na região, permitindo a comercialização de pacotes de até sete dias no Vale do Rio Pardo.

- Já estamos conduzindo negociações entre agências de viagens para aumentar a visibilidade do turismo regional. Essas negociações foram retomadas após interrupções causadas pela pandemia e outras dificuldades dos anos anteriores -  ressaltou Leoni.

No material apresentado, estima-se que seriam necessários, no mínimo, R$ 500 mil em investimentos até 2025 para tornar a região mais conhecida.

- A ideia é buscar esses investimentos por meio de parcerias público-privadas. Nossa sugestão é que os municípios do Vale do Rio Pardo trabalhem juntos para alcançar esse objetivo, para que a região seja colocada em evidência. Não se trata apenas de criar um roteiro, mas de divulgar e vender essa oferta - pontuou Leoni.

Para o presidente da Aturvarp, Djalmar Ernani Marquardt, a iniciativa se alinha com a campanha da associação, lançada em dezembro do ano passado, intitulada “Vale do Rio Pardo, viva esta experiência”. O objetivo final é desenvolver uma rota permanente de turismo pelos municípios da região.

- Temos a convicção de que este é um caminho necessário a ser percorrido, porque a região tem um enorme potencial turístico, tanto em atrativos quanto na realização de eventos. A necessidade neste momento é deste aporte para a divulgação e promoção de roteiros e opções que tragam esta movimentação à região - concluiu Marquardt.