Braskem planeja instalar baterias no polo petroquímico de Triunfo
Empresa deve investir R$ 100 milhões em medida de segurança e redução de impactos ambientais
Na primeira fase do projeto, serão instaladas baterias com capacidade de 9,5 MW, suficientes para abastecer uma cidade com cerca de 35 mil residências A Braskem está planejando a implantação de um Sistema de Armazenamento de Energia (BESS) no polo petroquímico de Triunfo, com um investimento estimado em R$ 100 milhões, segundo o Jornal do Comércio. O projeto, que será realizado em duas fases, visa aumentar a segurança e reduzir os impactos ambientais.
O diretor de energia e descarbonização industrial da Braskem, Gustavo Checcucci, explicou que as baterias de grande porte funcionarão como uma medida de segurança em caso de interrupção do fornecimento de energia elétrica pela rede. Além disso, a ação permitirá a redução da cogeração de energia a partir de combustíveis fósseis, atualmente utilizada pela empresa, economizando esses recursos para a produção de novos produtos.
Na primeira fase do projeto, serão instaladas baterias com capacidade de 9,5 MW, suficientes para abastecer uma cidade com cerca de 35 mil residências, e um investimento de R$ 60 milhões. Essa medida permitirá a redução da emissão de 65 mil toneladas de CO2 por ano. A segunda fase contemplará uma nova estrutura do mesmo porte, com investimento de R$ 40 milhões.
As baterias serão utilizadas principalmente nas fábricas de primeira geração petroquímica da Braskem no polo gaúcho, que fornecem insumos para a produção de resinas termoplásticas. O engenheiro Marcel Dall Pai explicou que a implementação será dividida em dois estágios para facilitar a instalação sem alterar a estrutura da planta.
A Braskem planeja desenvolver o projeto em parceria com um fornecedor de armazenamento de energia, tanto do mercado interno quanto externo. A decisão final sobre o desenvolvimento do empreendimento deverá ser tomada até o primeiro semestre do próximo ano, com a implantação prevista para 2026. O sistema utilizará baterias de lítio-fosfato-ferro (LFP) e ocupará uma área de cerca de 1,5 mil metros quadrados, com uma vida útil estimada em 20 anos.
Gustavo Checcucci destacou que a Braskem tem um programa global de descarbonização, com a meta de reduzir em 15% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030. Nos últimos quatro anos, a empresa já investiu cerca de R$ 4 bilhões em iniciativas relacionadas a essa meta, focando em soluções competitivas, inovadoras, confiáveis e flexíveis.
COMENTÁRIOS