Planeta tem segundo dia seguido de recorde de temperatura
Na segunda-feira, aquecimento no planeta foi recorde desde que se iniciaram os registros meteorológicos modernos
Na segunda-feira (22/07), a temperatura média global alcançou um novo recorde pelo segundo dia consecutivo, conforme relatado pelo Sistema Copernicus, serviço da União Europeia responsável pelo monitoramento climático e ambiental. Este novo recorde é registrado em um período em que vastas áreas da Europa, Ásia e América do Norte enfrentam ondas de calor intensas, enquanto algumas regiões do Hemisfério Sul e da Antártida também experienciam temperaturas anormalmente altas para a época do ano.
Dados preliminares do Copernicus Climate Change Service (C3S) indicam que a temperatura média global diária do dia 22 foi de 17,15ºC, o maior valor registrado na série de dados do ERA-5. Este valor é 0,06°C superior ao recorde anterior, estabelecido no dia 21 de julho, que já havia superado a temperatura mais alta registrada até então. O Copernicus, que utiliza dados de satélites para monitorar as temperaturas globais do ar e do mar em quase tempo real, ressalta que esses números são provisórios e podem sofrer pequenas alterações nos resultados finais.
O serviço europeu havia previsto que os recordes diários seriam superados com o avanço do verão no Hemisfério Norte, destacando que o planeta está enfrentando uma série prolongada de calor extremo global devido às mudanças climáticas causadas por atividades humanas. "Isso é exatamente o que a ciência climática nos alertou: o mundo continuará a esquentar enquanto queimarmos carvão, petróleo e gás", afirmou Joyce Kimutai, cientista climática do Imperial College London. "E o aquecimento continuará até que parem as emissões de combustíveis fósseis e se atinja a meta de emissões líquidas zero", acrescentou.
Desde junho de 2023, todos os meses registraram temperaturas recordes em comparação com o mesmo mês dos anos anteriores, marcando uma sequência inédita de 13 meses de recordes de temperatura, um fenômeno que Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, descreveu como "verdadeiramente impressionante".
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