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São Jerônimo, RS, 08/09/2024

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Sítio arqueológico de povo que viveu há 10 mil anos no RS é encontrado em lavoura de arroz após enchente

Arqueólogos da UFSM identificaram pedras lascadas de povos caçadores e coletores, além de cerâmicas elaboradas por povo Guarani. Trabalho ainda está em etapa de descoberta

João Heitor Silva Macedo / Arquivo Pessoal
Sítio arqueológico de povo que viveu há 10 mil anos no RS é encontrado em lavoura de arroz após enchente Área está situada onde havia uma plantação de arroz
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A enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio revelou um sítio arqueológico de um povo que viveu há 10 mil anos em Dona Francisca, na região central do Estado. Em uma lavoura de arroz, foram encontradas pedras lascadas utilizadas por caçadores-coletores e cerâmicas do povo Guarani, que habitou o Estado há 5 mil anos. A descoberta foi feita por moradores e agricultores da região, localizada às margens do Rio Jacuí, que extravasou e inundou a área. A identificação dos artefatos foi realizada por arqueólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 12 de junho.

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Os arqueólogos constataram a presença de artefatos pré-coloniais com diversas funções, incluindo urnas funerárias. As cerâmicas eram usadas para cocção, transporte e armazenamento de alimentos, além de rituais. O professor e arqueólogo João Heitor Silva Macedo destacou que o povo Guarani foi predominante no Estado há 5 mil anos, tendo migrado da Amazônia. A descoberta desses itens pode revelar novas informações sobre a organização, ocupação e relações dos grupos originários do Rio Grande do Sul antes da colonização europeia.

Atualmente, a quantidade de achados não pode ser precisada, pois os itens ainda estão sendo revelados. Imagens do acervo mostram centenas de itens, e a quantidade deve aumentar conforme novas pistas sejam fornecidas pelos moradores locais. A área do sítio arqueológico também é imprecisa e deve ser ampliada com base nas informações recebidas e imagens aéreas.

O local de difícil acesso só foi possível de ser alcançado devido à cheia. No entanto, a mesma água que revelou os achados também os destruiu. Muitos itens foram perdidos devido à corredeira do rio e às subsequentes chuvas. O trabalho atual é de limpeza e é considerado um "salvamento emergencial".

Uma conclusão definitiva sobre os achados deve ser feita em alguns meses. Há a hipótese de que o sítio seja um dos maiores do Estado, já que a área havia sido estudada na década de 1960, quando foram identificadas peças semelhantes às descobertas agora.

Os trabalhos seguirão várias etapas, com o objetivo de tornar os artefatos públicos e acessíveis. As etapas incluem:

  • Limpeza
  • Pré-classificação
  • Pesquisa científica
  • Exposição pública

Os artefatos serão analisados tecnicamente e preparados para exposições e material educacional. A intenção é criar um possível museu em Dona Francisca e disponibilizar o material para escolas de Educação Básica, contribuindo para o patrimônio cultural da cidade.

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