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São Jerônimo, RS, 08/07/2024

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SOS Agro RS: produtores pedem soluções para prejuízo com enchentes e secas

As reivindicações principais do grupo de produtores rurais de diversos portes e atividades são prorrogação de dívidas, linha de crédito com juros de 3% e prazo de 15 anos e até dois carência

Milos Silveira / Portal O Correio
SOS Agro RS: produtores pedem soluções para prejuízo com enchentes e secas Mobilização acontece em Cachoeira do Sul
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As reivindicações principais do grupo, composto por produtores rurais de diversos portes e atividades, são prorrogação de dívidas, linha de crédito com juros de 3% e prazo de 15 anos, com até dois anos de carência.

O setor produtivo do Rio Grande do Sul está realizando um movimento histórico, o SOS Agro RS, nesta quinta-feira (4/07). A mobilização reúne milhares de produtores rurais de todo o Estado no Parque da Fenarroz, em Cachoeira do Sul, na Região Central do Estado. A manifestação – que é “apartidária”, segundo seus organizadores – busca demonstrar aos governantes que o campo tem pressa por soluções para os prejuízos causados pelas cheias de maio e para as dívidas remanescentes das últimas temporadas afetadas pelas estiagens.

Na manhã de hoje, o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, ressaltou a necessidade de as entidades do setor produtivo gaúcho manterem a mobilização para que o agronegócio do RS não corra o risco de cair no esquecimento por parte do governo federal.

A reivindicação principal do grupo diretamente envolvido no SOS Agro RS, composto por produtores rurais de diversos portes e atividades, todos enfrentando problemas financeiros graves, é que o governo federal se manifeste sobre as medidas apresentadas pela Farsul no dia 7 de maio, que incluem a prorrogação de dívidas, criação de uma linha de crédito com juros de 3% e prazo de pagamento de 15 anos, com até dois anos de carência.

O Rio Grande do Sul contabiliza a quarta safra consecutiva com perdas nas atividades agropecuárias, conforme divulgado pelo Canal Rural. De 2019 a 2022, a estiagem causou prejuízos; já no ciclo 2023/24, o excesso de chuvas impactou negativamente a colheita. Segundo a Emater-RS, a perda média na soja é de dois milhões de toneladas, com algumas regiões ainda com mais de 50% da área plantada sem colheita. Na Metade Sul, cerca de 10% da área foi abandonada devido às péssimas condições dos grãos.

A área cultivada no Estado está estimada em 6,6 milhões de hectares, com uma produtividade média estadual de 2.923 kg/ha. No entanto, algumas regiões colheram muito abaixo desse volume. As perdas não se limitaram à soja. Outras culturas, como milho em grão e silagem, além de áreas de arroz, foram severamente impactadas. A histórica enchente de maio afetou mais de 206 mil propriedades, sendo que 50 mil produziam grãos.

Atividades como criação de suínos, aves, bovinos, bovinos de leite, olerícolas e produção de frutas também sofreram impactos significativos.

No meio rural, 19.190 famílias enfrentaram perdas em estruturas das propriedades, como casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários.

Na agroindústria, cerca de 200 empreendimentos familiares registraram prejuízos. Diante dessa situação, os produtores não conseguem cumprir os compromissos financeiros assumidos e reinvestir na recuperação das propriedades.

MOVIMENTO SOS AGRO RS

O manifesto que circula nas redes sociais sobre o evento:
“Nosso objetivo é o direito para os produtores, totalmente pacífico, buscando defender os produtores:

  • Frente unificada – Unindo os produtores rurais em uma frente unificada em prol dos interesses e direitos dos produtores da agricultura e pecuária e toda sua cadeia produtiva no estado do Rio Grande do Sul.
  • Inclusão e representatividade – Todos os produtores, independentemente do porte ou especialização (seja na agricultura familiar, pequena, média, grande, do setor leiteiro, pecuária, orizicultura, uva, piscicultura, apicultura, soja, hortaliças, fruticultura, toda a cadeia produtiva, etc.), são essenciais e bem-vindos.
  • Apartidarismo e foco no produtor – Nosso movimento é apartidário, sem uso de quaisquer bandeiras, centrado nos desafios e necessidades dos produtores, acima de quaisquer interesses políticos. Todo aquele que tiver interesse contrário, pedimos que se retire voluntariamente, e se, identificado, será retirado do grupo e responderá por quaisquer atitudes que não sejam as do objetivo do grupo. Buscamos aqui renegociação de dívidas que os produtores já vêm sofrendo primeiro com a seca dos últimos 3 anos e por último as chuvas que devastaram parte de nosso Estado. Se esse não for seu objetivo ou não concordar com estas regras pode se retirar do movimento SOS Agro RS.
  • Apoio à Farsul – Comprometemo-nos integralmente com as demandas e propostas apresentadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
  • Defesa da agricultura e pecuária e de toda sua cadeia produtiva – Nossa missão é assegurar que as políticas públicas atendam efetivamente às demandas da agricultura e pecuária gaúcha, garantindo sua viabilidade e crescimento sustentável.
  • Transparência e democracia – Todas as decisões do movimento serão tomadas de forma transparente e democrática, assegurando a participação igualitária de todos os membros.
  • Mobilização responsável – Nosso engajamento será sempre pacífico e responsável, respeitando integralmente as leis e regulamentações vigentes.
  • Diálogo e negociação – Priorizamos o diálogo contínuo com autoridades e instâncias pertinentes, buscando a negociação como principal meio de alcançar nossos objetivos.
  • Respeito e solidariedade – Celebramos a diversidade de opiniões e experiências entre os produtores, promovendo um ambiente de respeito mútuo e solidariedade.
  • Compromisso com o futuro – Assumimos o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo futuro próspero da agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul, garantindo sua sustentabilidade para as gerações vindouras. Queremos possibilitar a permanência dos agricultores no setor e assim contribuir para reerguer o Estado do Rio Grande do Sul.”

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